Em meio a tragédia climática que transformou uma das rodovias mais movimentadas do Brasil, a BR-116, em canal de passagem de barcos e botes para resgatar vítimas da enchente, as forças de segurança pública precisam adequar suas estratégias para combater saques, assaltos a barcos ou furtos em casas e apartamentos cujos donos saíram para preservar a vida.
Conforme o 25ºBPM, no dia cinco (5) foram presas cinco pessoas em São Leopoldo, três e duas por roubo a barco, todas no bairro São José. Já outros dois chamados, sobre possível saque no Magazine Luíza e Prefeitura não se confirmaram. Mas equipes do 25º BPM, assim como a Polícia Civil e Guarda Civil Municipal (GCM) estão sendo solicitados bem mais que antes da tragédia revelando que a insegurança das pessoas aumentou pela escuridão das ruas onde a energia está desligada por causa dos alagamentos.
Agentes da GCM e da Polícia Civil no patrulhamento pela João Corrêa
Na noite de ontem (7) e madrugada de hoje (8), numa das viaturas que circulava no Centro de São Leopoldo, às escuras, estava o diretor regional da Polícia Civil, delegado Eduardo Hartz. “Nossa missão é fazer com que as pessoas possam descansar um pouco em meio ao caos da tragédia, vistoriando todas as ruas sem energia pelo alagamento e também a parte sem água e com luz. Estamos nós Polícia Civil, BM e GCM trabalhando para que as pessoas sofram menos”, disse Hartz.
Notícias falsas
Eduardo Hartz lamenta a irresponsabilidade de quem espalha notícias falsas deixando muita gente em pânico, além do sofrimento pela enchente que destruiu a casa de milhares de pessoas na cidade e no RS. “Não há necessidade de criar mais medo e dor. O momento por si só já é dramático e nós da segurança pública estamos trabalhando muito mais com todos os efetivos e reforço de várias partes do estado e do Brasil”, afirma Hartz acrescentando que o patrulhamento de barco é feito por agentes da GCM e da Civil, enquanto nas ruas as viaturas dos três órgãos trabalham permanentemente.