O PDT de São Leopoldo está em pleno processo de eleição do novo diretório, nova executiva e nova presidência. A data da convenção municipal ainda não está definida, será entre final de março e início de abril, mas as atuais lideranças estão em “campanha”. No Berlinda News Entrevista de hoje (2), o 1º vice-presidente (atual), Juliano Maciel, que colocou seu nome à disposição, defendeu sua tese de disputa interna.
“Não temos correntes internas, mas temos visões diferentes sobre o processo de renovação. Eu defendo a disputa interna porque engrandece, renova e revigora o partido, tira as pessoas da zona de conforto. Os filiados se motivam para participar ativamente da vida do partido”. destacou o atual titular da Sedettec.
Mesmo jovem de idade, Juliano Maciel é um veterano no PDT, está há mais de 20 anos, ocupando nesse período o comando da juventude , assessoria de Ary Moura na Câmara de Vereadores e na Assembleia Legislativo, no gabinete do deputado Loureiro.
Encastelamento
“A história do PDT mostra que não há cultura da disputa interna, prevalecendo sempre o acordo, o encastelamento dos comandos. O relato é que existe o trauma da perda da sigla do PTB pelo Brizola que funda o PDT e pelo estatuto mantém o controle do partido e agora com Lupi que está na presidência nacional desde 2004. Não vejo a disputa como racha, o partido não enfraquece, pelo contrário. Eu estimulo a disputa principalmente com a nossa geração”
Politização
“Temos cerca de 8 mil filiados, mas logicamente a participação direta no partido é de uma pequena parcela, por isso trabalho com a conversa com o filiado sobre a politização, para que conheça o que é fazer política. Simplesmente filiar em massa só por filiar não agrega. O fundamental é o contato para que a pessoa saiba a importância de estar em um partido, com história, como a nossa, que seja protagonista. Existe a diferença entre partido e sigla, o PDT é partido.”
2017
“A maior disputa interna do PDT de São Leopoldo foi em 2017, quando Ary Moura venceu. Em 42 anos do PDT na cidade tivemos pouquíssimas disputa, a construção interna é muito difícil.É um fato histórico e o resultado da disputa foi excelente. Saímos de uma legislatura sem representação na Câmara de Vereadores para uma bancada de três. Houve a motivação, o engajamento dos filiados. Essa é a minha visão.”
Sem rachas
“Um exemplo da disputa positiva ocorreu comigo e com o vereador Fabiano Haubert. Jamais brigamos. Também penso diferente da vereadora Iara Cardoso. Mas acaba a disputa e seguimos unidos no partido e pelo partido. Racha seria se uma das lideranças que disputam o comando, deixar o partido e levar todo seu grupo, tipo 300 pessoas. Isso na minha visão é racha.”
2024
“A oposição está certa no movimento visando a disputa municipal de 2024. Já nós, governo, precisamos trabalhar na gestão da cidade, dos projetos, das entregas e tratar desse assunto lá em 2024. Claro que o PDT tem nomes para a disputa. E quando chegar a hora de conversar com o PT não iremos cobrar um acordo de 2020 entre Ary Vanazzi e Ary Moura, que tratava do PDT (Ary Moura) disputar a Prefeitura. A conversa será sobre os resultados e os nomes de quem realmente terá condições de seguir com o atual projeto.”
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