A saúde mental das mulheres de São Leopoldo precisa ser tratada como política pública envolvendo as três esferas do poder: municipal, estadual e nacional. Esse num dos que será debatido neste sábado (28) na 5ª Conferência Municipal das Políticas Públicas para as Mulheres de São Leopoldo, a partir das 8h30, no salão da paróquia São José Operário, no bairro Fião. “Vivas e (R) Existindo : saúde mental, cuidado e justiça climática”, é o tema do evento.
No Berlinda News Entrevista desta sexta-feira, a presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, Giovana Giongo, e a presidente do Fórum Municipal das Mulheres, Tânia Silveira, destacaram a importância da presença das mulheres para mudar a cultura patriarcal que enxerga as mulheres como submissas. O dia será de debate com as demandas das pré-conferências.
“O conselho existe para que as mulheres se sintam fortalecidas na busca dos direitos e para isso precisamos da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, a Sepom. Quando escutamos algo como transformar a secretaria em diretoria ficamos estremecidas. A Sepom precisa ficar sempre mais forte e com espaço em todos os setores da cidade”, destacou Giovana.
Para Tânia Silveira, quando o assunto é saúde mental nem tudo se resolve com medicação. ” Fomos educadas que não podemos ficar doentes, temos que dar conta de tudo porque somos fortes. Uma palavra que retirei do meu vocabulário é guerreira, nós não somos guerreiras assim não queremos resistir, nós queremos existir em plenitude. Temos o direito de reclamar para alguém, somos humanas, o que devemos cobrar é o papel do Estado na garantia dos serviços”, diz Tânia.
Giovana destacou o apoio logístico da sociedade do transporte ao almoço, entre outras necessidades. “A Coleo vai disponibilizar ônibus dos locais onde aconteceram as pré-conferências até a paróquia. O Ceprol garantiu o almoço, a Associação Meninos e Meninas de Progresso (AMMEPE) vai dar o café. O Poder Público nos auxiliou em outros aspectos para que a conferência pudesse acontecer da melhor forma possível”, observou Giovana.
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