O prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, assinou na tarde dessa quinta-feira, dia 10, o protocolo de intenções junto ao Instituto Butantan para a aquisição da Coronavac, uma das vacinas em desenvolvimento para garantir a imunização ao novo coronavírus. O documento também foi assinado por outros dois prefeitos gaúchos, o presidente da Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul) e prefeito de Taquari, Maneco Hassen, e o prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal. O secretário de Saúde de São Leopoldo, Ricardo Charão, também acompanhou a comitiva.
Para o prefeito Ary Vanazzi é fundamental a mobilização dos prefeitos para que se retome, com a imunização, a normalidade das atividades sociais, culturais e econômicas nas cidades. “Os municípios precisam se mobilizar para garantir a imunização da população”, disse Vanazzi em uma publicação nas redes sociais. Vanazzi também disse esperar que o Governo Federal disponibilize a vacina para toda população brasileira, mas caso isso não aconteça os municípios podem contar com esse protocolo de intenções junto ao Butantan.
Mais cedo, no começo da tarde, Vanazzi, juntamente com prefeitos de quatro estados da federação, acompanhou o anúncio do início da fabricação da Coronavac, vacina produzida numa parceria do Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac. O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa do governador de São Paulo, João Dória, na sede do Instituto Butantan.
Coronavac e Butantan
O Butantan receberá 60 milhões de doses da vacina da Sinovac. Comprovada a eficácia e segurança, elas serão disponibilizadas à população brasileira. O Butantan também poderá produzir a vacina em sua fábrica, em São Paulo, após transferência de tecnologia. A Coronavac é produzida com vírus inativados do novo coronavírus para inoculação em humanos, com a aplicação de duas doses, o sistema imunológico passaria a produzir anticorpos contra o agente causador da covid-19.
Produção
Para produzir a vacina na capacidade máxima de um milhão de doses por dia, a fábrica do Instituto Butantan agora terá operação 24 horas, sete dias por semana. O primeiro lote terá aproximadamente 300 mil doses. Até janeiro, 40 milhões de doses da vacina deverão ser produzidos no local.
“Trata-se de um momento histórico. O Butantan mais uma vez sai na frente e começa a produzir no país uma vacina de vital importância para salvar milhões de vidas, colocando toda sua expertise e tecnologia acumulados em 120 anos a favor da saúde dos paulistas e brasileiros”, afirmou Dimas Tadeu Covas, diretor do Instituto Butantan.
