Sobre a votação do PL das RPVs entre as conclusões, ainda com o eco do protesto dos servidores municipais de São Leopoldo, dá para dizer que foi uma vitória amarga para a base governista e, ao fim e ao cabo, resolveu apenas o “problema” do sétimo andar que mandou e a base obedeceu cabisbaixa, silenciosa e constrangida. A ordem do sétimo andar foi direto aos partidos aliados,, como o PSB, por exemplo, que precisou tirar o vereador Lemos do plenário para que a suplente Cigana fizesse exatamente o que o governo exigiu. O placar foi 8 x 4 como antecipado pela coluna no início da noite ao saber que o vereador Lemos não iria.
Choro de governista
Sobre a base governista, na reunião de hoje com o sétimo andar para alinhar a votação do PL das RPVs, teve vereador governista que chorou pela pressão e constrangimento. A pressão faz parte do jogo, mas a decisão é de cada um em apertar o botão vermelho ou verde.
Traíras, vendidos
A tensão foi aos extremos dentro e fora do plenário. Servidores indignados chamavam os governistas de traíras e vendidos pela decisão de votar contra o direito de receber até 10 salários mínimos por conta das RPVs sobre a retroatividade da data/base.
Tristeza, frustração, decepção
Essa imagem (postada nas redes sociais do vereador Brasil Oliveira))reflete o sentimento dos servidores municipais de São Leopoldo que esperam há anos a decisão judicial sobre o direito de receber a retroatividade pela negação da reposição de acordo com a data/base. Aqui não importa qual foi o governo que não pagou na data correta, o que vai ficar é quem está impedindo de receber o valor de direito num prazo de 60 dias.
Represália
A presidente do Ceprol, Andréia Nunes, disse à coluna que foi pressionada, dentro do plenário, por um integrante da assessoria da presidência. “Me falou que o Ceprol tinha ido lá fazer oposição e que ia ver o que ia acontecer comigo”, disse Andreia que foi eleita para o comando do sindicato dos professores por 982 votos contra 15. “Eles tem uma avaliação muito equivocada, não sei mais o que pensar”, disse Andréia. A coluna enviou mensagem à assessoria da presidência para manifestação. Ainda não teve retorno.
O que diz assessoria da presidência
“Não houve desrespeito e muito menos ameaça. Somos companheiros de PT e jamais faria isso. O que ocorreu é que num momento de muita gritaria e barulho durante a sessão, eu me aproximei dela e perguntei se não seria melhor acalmar as pessoas pra Sessão poder continuar. Falei de forma tranquila e educada, com o intuito de ajudar. Mas para minha surpresa ela teve uma reação inusitada. Talvez pelo calor do momento tenha compreendido de forma errada.”
Mais de 400 internautas
Durante a sessão o chat da Câmara de Vereadores passou de 400 pessoas interagindo. A maioria dos pedidos era por respeito aos servidores e retirada do projeto da pauta. Exatamente o que fizeram no plenário os vereadores Gabriel Dias (Cidadania), Falcão (MDB), Brasil Oliveira (PSD), Hitler Pederssetti (DEM). Na hora da votação, 365 pessoas estavam no chat.
Heliomar na Câmara
O delegado e segundo colocado na eleição de 2020 à Prefeitura de São Leopoldo, delegado Heliomar, chegou em frente à Câmara discretamente, foi cumprimentado por algumas pessoas inclusive da GCM e passou um tempinho dentro do plenário. Falou com poucos, mas foi visto por muitos.