Órgãos de segurança alertam sobre relação familiar e saúde mental

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As ameaças recebidas por alunos do Colégio Sinodal desde janeiro avisando que nesta terça-feira (28) algo aconteceria no ambiente escolar foi a pauta do Berlinda News Entrevista desta quarta-feira (1). Para falar sobre o assunto, estavam no estúdio o capitão Lima do 25º Batalhão da Brigada Militar (BPM); Marcelo Rodrigues, coordenador da Ronda Escolar da Guarda Civil Municipal  de São Leopoldo (GCM); e o delegado da Polícia Civil, Ayrton Martins, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas e Organizadas (DRACO).

O caso do Sinodal, infelizmente é apenas mais um na estatística. Nesse momento, duas equipes da GCM estão fazendo a ronda do entorno da escola municipal Álvaro Nunes, o Alvinho, na Campina, exatamente por ameaça. Conforme Marcelo Rodrigues, pelo menos três adolescentes invadiram a escola e picharam  a parede dizendo que hoje (1/3) aconteceria algo de ruim na instituição.

“Nós (GCM) iremos sempre usar todos os recursos e nossos protocolos independente da veracidade, seja boato ou não, nosso trabalho sempre será de prevenção e proteção”, destacou Marcelo acrescentando que o contato entre a GCM e direção das escolas é permanente.

 PROERD  

O 25º BPM assim como todas as demais corporações do Estado trata as escolas como “ambientes de preocupação” pela quantidade  de pessoas, alunos, pais cada um com suas histórias de vida, logicamente seus problemas do dia a dia.  Tanto que, são feitas patrulhas ao redor da escolas, assim como é mantido um contato próximo com as direções. “Não lidamos como se fosse uma brincadeira. Mobilizamos todas as guarnições como se fosse uma ameaça verdadeira. Orientamos a direção a registrar um Boletim de Ocorrência e a reunir todas as informações que possam ser úteis em uma investigação. Além disso, intensificamos a ronda na escola”, explica o Capitão Lima.

Independente da existência de ameaça, a BM atua com o Proerd, programa fundamental para mostrar às crianças e adolescentes os riscos a que estão expostos. “Falamos sobre a droga, os problemas, as tragédias de quem escolhe esse caminho exatamente com o objetivo que essas crianças saibam fazer a melhor escolha de viida”, reforça Lima.

Atenção à saúde mental

A rotina diária de investigar crimes não afasta o olhar dos policiais civis de situações de ameaças, como as citadas acima, cuja motivação ou causa pode ser a relação ou a falta de relação familiar.  ” A primeira orientação é que o pânico não tome conta dos pais e que se aproximem dos seus filhos  para saber se estão sabendo, se esse assunto está nos grupos de whats  com os colegas. Pelas experiências já vividas, os autores precisam de acompanhamento psicológico e os pais, muitas vezes não percebem por não prestar atenção no filho”, alerta o delegado Ayrton.

“A Polícia faz o trabalho específico, ou seja, não trata da saúde mental e não tem competência para tal, mas buscar ajuda de profissionais de psicologia é um caminho quando os pais não estão conseguindo entender o próprio filho. E temos muitos profissionais excelentes aqui.”

Juridicamente, o delegado Ayrton afirmou que, se comprovado que a autoria é de adolescentes, eles responderão por fato análogo ao crime e serão enquadrados dentro do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Telefones para contatos

  • Polícia Civil:  (51) 98585-618
  • Brigada Militar: 190
  • Guarda Civil: 153

Ouça abaixo a entrevista completa

 

 

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