Todas as quartas-feiras e domingos, entre 18 até no máximo 22 horas, duas quadras – entre as rua Ida Schuch e Almerinda Gentila Fidélis e a rua Baixa – no bairro Vicentina, vira pista de patinação. Crianças e adolescentes da região se juntam para andar e fazer manobras sobre as duas rodas. Isso acontece há um ano e já tem quem arrisque em manobras mais radicais. Trata-se do projeto “Patinador X”.
“Faço zigue-zague entre as marcações com as pernas cruzadas. Prestei atenção quando uma menina fazia isso e arrisquei. Deu certo”, diz Stefany de 11 anos, descrevendo tranquilamente a manobra como se estivesse simplesmente caminhando com os pés no chão. Stefani, Emily, 8 anos; Vitor, 13 anos e Mikael, 11 anos participam do projeto e hoje (13) acompanharam o tio Douglas, no Cultura Capilé.
Tio Douglas é o responsável pelo projeto que reúne as crianças e família. “A proposta é de incentivar a garotada para se movimentar num espaço de segurança. Na verdade o projeto surgiu quando eu e a minha esposa e nossas duas filhas fazíamos isso e a garotada ficava olhando. Hoje reúne muita gente, já tivemos um domingo com 70 crianças patinando”, explica Douglas Garcia. Junto com voluntários conseguiram doação e comprar alguns patins, cerca de 15 pares atualmente.
Mikael e Victor estão patinando há menos tempo, já as meninas, Emily e Stefany, fazem isso desde 4, 5 anos. “Ainda não arrisco nada radical para não me esborrachar no chão”, ri Emily, filha do Douglas. Victor é diabético e a patinação está fazendo muito bem porque está se movimentando, ficando mais saudável. “Eu faço patinação e jogo futebol em outro projeto social no Parque do Trabalhador”, contou Mikael. Todas as crianças estudam na rede municipal.
Ficha e revezamento
“Mesmo que alguns pais tenham comprado patins para seus filhos, a maioria não tem e por isso fazemos revezamento. Às 17 horas a Juliane (esposa) distribui fichas e a prática começa às 18 horas. Para que todas as crianças possam participar estabelecemos o tempo de uma hora, para em seguida outra criança usar”, detalha Douglas Garcia. Hoje tem voluntários para fazer e distribuir o lanche e também quem busca doações dos equipamentos.
Equipamentos de segurança
“O ideal é patinar com a joelheira, cotoveleira, a proteção da mão e capacete. Estamos tentando buscar esses equipamentos para doação. Quem tiver fique à vontade para nos auxiliar no projeto”, pede Douglas. Fabiana Amaral, presidente da Associação de Moradores da Cerâmica Anita (entidade em elaboração) é a responsável pelo lanche, inclusive pedir doações entre os moradores.
Quer saber mais sobre o projeto e doar equipamento, patins acesse as redes sociais /www.facebook.com/DouglasLocutor/@patinadorx
Ouça abaixo o programa na íntegra