A cena de uma pessoa puxando carrinho para recolher material reciclado na Rua Independência, que hoje é tímida – poucas pessoas fazem isso – será cada vez mais intensa a partir de 1° de agosto, quando estará totalmente proibido carroças puxadas por cavalos na região central, recolhendo o material. Assim começa a vigorar a lei 8.609/2017, que deveria estar valendo na cidade toda.
Polêmica e pandemia
Porém, somando a pandemia dos últimos 16 meses à polêmica gestão anterior da Proteção Animal, o processo de cadastramento dos carroceiros e a implantação das demais medidas para inserir os carroceiros em políticas públicas que garantam a sustentação financeira, não andou e agora o governo municipal precisou prorrogar o prazo de cumprimento da lei.
Julho 2022
Pelo cronograma aprovado na última quinta-feira, só em julho de 2022, o uso de cavalo para puxar carroça estará totalmente proibido em São Leopoldo.
Antes tarde, que nunca
Autor da lei 8.609, vereador Brasil Oliveira (PSD), destacou o cronograma com as nove (9) etapas por região até julho de 2022. “Antes tarde, que nunca para cumprir a lei que é um clamor da sociedade pela crueldade que muitas vezes já vimos no tratamento com os animais”, disse Brasil.
Único contra
A prorrogação do prazo para implantação da lei foi aprovada com 11 votos favoráveis e um contra do vereador Hitler Pederssetti (DEM). “Fui contra o prazo de prorrogação da lei, mas sou favorável à proibição de cavalos para puxar as carroças”, disse Hitler. Mas sem a prorrogação do prazo o projeto não iria vigorar, ou seja, a votação foi um combo.
Compromisso político
Sobre a gestão anterior da Proteção Animal, que se encerrou em 27 de fevereiro de 2020, o então secretário Geral do Governo, Marcel Frison, divulgou nota comunicando a mudança com palavras claras sobre o compromisso político que “impediu” a troca de comando por três anos. Dizia parte da nota: …”As principais diretrizes determinadas pelo prefeito Ary Vanazzi para a nova gestão da secretaria são: primeiro, uma condução técnica da pasta colocando a proteção animal acima das querelas políticas que tem conturbado as relações sociais neste setor e, segundo, estabelecer um processo de participação da sociedade na definição das políticas a serem implementadas pela SEMPA.