ATENÇÃO MULHERES: Medidas Protetivas de Urgência já podem ser feitas online

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Uma importante ferramenta no combate aos crimes de violência doméstica contra a mulher já está em funcionamento. Trata-se da Medida Protetiva Online, uma ferramenta digital idealizada pela Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul e desenvolvida pela PROCERGS, que permitirá o pedido de medidas protetivas pela internet, de forma rápida e segura. Com esta possibilidade, a Polícia Civil visa promover mais acessibilidade e proteção às mulheres em situação de violência doméstica. O anúncio ocorreu ontem durante coletiva realizada nesta tarde pelo Secretário de Segurança, Sandro Caron, e pelo Chefe de Polícia, Delegado Fernando Sodré.

A Medida Protetiva Online já está disponível. Para acessar o recurso, basta entrar no site da Delegacia Online e clicar no ícone DELEGACIA DE POLÍCIA ONLINE DA MULHER RS. Dentro da Delegacia Online da Mulher, basta registrar uma ocorrência policial e solicitar as medidas protetivas.

EM SÃO LEOPOLDO A CADA TRÊS HORAS É FEITO UM REGISTRO DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

Em São Leopoldo, segundo os dados da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de São Leopoldo (DEAM), a cada três horas é feito um registro de violência contra mulher no município.

Conforme as informações da delegada Michele  Mendes Arigony, nestes 90 dias de 2025 ocorreram 423 procedimentos instaurados, 368 remetidos ao Juizado e 323 Medidas Protetivas de Urgência. Até ontem 64 agressores foram presos.

Os números podem ser ainda maiores, pois a delegada lembra que alguns registros são realizados direto na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). “Claro que todas as ocorrências ficam com a DEAM”, reforça.

Ainda de acordo com a titular da Deam, a média de idade das mulheres que sofrem violência é de 25 a 35 anos de idade. “Tem todas as idades, mas posso avaliar superficialmente que a maioria é entre 25 a 35.”

BRIGADA MILITAR

São Leopoldo também conta com a atuação forte da Brigada Militar no combate à violência contra mulher. A Patrulha Maria da Penha, além de registrar diversos atendimentos, já visitou nos primeiros três meses 1.205 vítimas.  Um trabalho diário da corporação. A Brigada conta com 382 vítimas cadastradas no sistema.

ABRIGOS PARA  VÍTIMAS

São Leopoldo não tem abrigos para mulheres que sofrem com violência, entretanto compra vagas quando ocorre a necessidade de proteger a vítima. Segundo a secretária Municipal de Políticas para Mulheres, Amanda Homem, o governo município tem um convênio com uma Universidade até seis vagas para mulheres vítimas de violência e seus filhos. “Pagamos o valor de R$ 11.500,00 mensais. O abrigamento é a última instância da violência, quando a mulher está em risco iminente de vida e não possui outro lugar para acolhimento”, explica.

Ainda de acordo com Amanda, o número de abrigadas varia conforma a demanda. “Há semanas que temos as vagas completas, outras não. Mas até hoje sempre conseguimos atender todas as mulheres encaminhadas pelos órgãos responsáveis”.

Os telefones para atendimento às mulheres vítimas de violência é 180 (Central de Atendimento à Mulher), 153 (Ronda Lilás), 190 (Brigada Militar) ou o Centro Jacobina 2200-0446 / 2200-0447 / 51 99788-3212 (WhatsApp).

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