Aos seis anos ela convenceu o professor de violino do Museu Visconde de São Leopoldo a aceitá-la como aluna, ainda sem ser alfabetizada. Treze anos depois, muito estudo e apresentações inclusive em Canelones, no Uruguai, a futura musicista capilé Rafaela Michel segue ousada e alternativa. “Eu quero muito, muito mesmo compor música que seja violino solo com música eletrônica, é meu objetivo, não quando, mas vou fazer”, disse entre muita conversa, risadas e logicamente música da melhor qualidade no Cultura Capilé desta sexta-feira (27).
Rafaela decidiu aprender violino após assistir a prima Marina Michel em uma apresentação. “Eles disponibilizaram vagas e professor Mauro Gomes, da Sonarte, disse que não tinha experiência de dar aula para criança com seis anos. Não foi fácil mas consegui”, conta.
“Gostei de ti, tu tem uma cabeça boa”
Formada pela Sonarte, Rafaela precisava ter um professor e novamente a ousadia foi decisiva. “Peguei o contato do professor Marcello Guerchfeld, graduado e pós-graduado pela Juilliard School of Music. nos Estados Unidos. Professor com formação e apresentações internacionais”, contou Rafa acrescentando que na primeira conversa ele fez muitas perguntas, como por exemplo, o que tu fez ontem, qual tua matéria preferida. Achei estranho e na saída ele disse “Gostei de ti, tu tem uma boa cabeça”.
Grupo Oba na viagem a Canelones
Rafaela integrou o grupo de artistas leopoldenses no intercâmbio na cidade de Calenones, no Uruguai, no último final de semana. “Foi muito bom em todos os aspectos inclusive porque criamos o grupo Oba, com seis integrantes e pensamos em nos apresentar por aqui”, revela Rafa.
Rifa para comprar um novo violino
“Meu professor disse que preciso trocar o violino. Esse já não é mais suficiente. Mas um violino custa mais que dois dígitos e como não posso rifar o carro da família (kkk) estou vendendo rifa”, comenta Rafa. Quem tem interesse pode fazer contato no 98013-6176.
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