DICAS DA PAR CONSULTORIA: Brasil fechou quase 600 mil empresas em dois anos

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Ao todo, 581 mil empresas fecharam as portas entre 2019 e 2021, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Antes da crise sanitária, em 2019, o país tinha 4,369 milhões de empregadores, a maior marca para o intervalo de abril a junho na série histórica, com dados a partir de 2012.

Contudo, devido à pandemia, o número passou a cair em 2020, até atingir 3,788 milhões no segundo trimestre de 2021. O resultado mais recente, se comparado a igual período de 2019, corresponde a uma baixa de 13,3% — ou 581,3 mil empregadores a menos em dois anos.

Postos de trabalho

De acordo com o professor de economia do Insper, Sergio Firpo, a tarefa de se estabelecer como empregador no país é burocrática porque existem entraves, mas a recuperação é fundamental para a abertura de novos postos de trabalho. “O ponto é que, ao deixar sua atividade, o empregador deixa de empregar alguém. Isso tem um efeito multiplicador na renda dele e de outros trabalhadores.”, pontua o especialista. Durante o período analisado pelo Pnad, o número de empregados no setor privado caiu 10,1%, de 44,7 milhões para 40,2 milhões. A redução foi de 4,5 milhões de vagas. Segundo o economista, os negócios menores costumam ser os mais prejudicados nos períodos de crise.

“Na comparação com grandes companhias, empresas com menos funcionários tendem a apresentar uma reserva financeira limitada para resistir a choques como o da Covid-19, e o acesso a crédito também fica mais difícil”, explica.

Créditos para as empresas

A concessão de crédito para as empresas pode ser um incentivo para recuperar a economia, que segue ameaçada com a escalada da inflação e a crise política. A retomada no número de empregadores, que, consequentemente, puxará a de empregados, depende de uma reação mais firme da economia como um todo. Por isso, a criação de medidas que facilitem o acesso de empreendedores a crédito é um caminho que precisa ser pensado no país, segundo o professor.

“Questões relacionadas à concessão de microcrédito são muito importantes. Com as taxas de juros maiores, as coisas complicam para o pequeno empregador”, analisa.

Com informações da Folha de S. Paulo

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