Na última sexta-feira (2), foi publicado no jornal A Folha de São Paulo o resultado de um levantamento feito pelos pesquisadores Sabine Righetti, da Unicamp e Estevão Gamba, da Unifesp que aponta a provável aplicação de 26 mil doses da vacina Oxford/AstraZeneca vencidas em diversas cidades brasileiras.
Já nessa segunda-feira (5), a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES) informou que, após verificação, identificou 877 doses do mesmo imunizante que foram registrados fora do prazo de validade por 75 municípios. Isso não significa ainda que as doses estavam realmente vencidas.
Uma lista com os dados das pessoas que receberam essas aplicações deverá ser entregue para as prefeituras gaúchas em questão, que deverão verificar junto ao sistema de vacinação se houve erro ao registrar informações sobre o lote e as doses ou se já havia mesmo passado o prazo de uso.
Só serão contatadas pessoas que realmente receberam a vacina vencida ou em caso de dúvida por parte da administração municipal.
“Se a pessoa recebeu a primeira dose vencida, terá que iniciar o esquema de novo. Se for a segunda dose, a pessoa tem que esperar 28 dias para tomar novamente, segundo o Ministério da Saúde” explicou Tani Ranieri, chefe da Divisão de Epidemiologia do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), que ressaltou também, que a maioria já foi identificada como falha no registro.
“Foram vários tipos de erro porque o registro é sempre feito depois da vacinação. Quando tu abres o sistema para digitar, aparecem vários lotes disponíveis de uma determinada vacina, e se a pessoa não olhar exatamente o lote, pode clicar em outro. E nós observamos isso.”