“Não deve ter construção, lotes, ocupação nas áreas que o rio vai ocupar na enchente” Viviane Feijó

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Ainda impactados pela tragédia climática do início de maio que devastou São Leopoldo e parte do RS, é preciso reconhecer e se apropriar  do papel do Comitesinos, o   primeiro  de  gerenciamento de bacia hidrográfica do Brasil, órgão estadual para gestão dos recursos hídricos da Bacia do Rio do Sinos composta por 30 cidades. No Berlinda News Entrevista desta sexta-feira (21), Viviane Feijó e Anderson Etter, respectiva presidente e representante do Semae na comissão permanente de assessoramento do Comitesinos. E o debate começa pelo desconhecimento e desinteresse da população sobre o debate técnico, qualquer intervenção no rio para qualquer fim como a retirada da água por empresas, para plantação de arroz e a insistência do mercado imobiliário para ocupar áreas de mata ciliar, de áreas alagadiças que absorvem o excesso de chuva  para tentar evitar a enchente. Dessa vez não foi possível.

Planície de Inundação

“O Comitesinos  salvou vidas e garantiu que essa tragédia que vivemos agora não fosse ainda pior. Em 2013, havia projeto de ampliação em Esteio,  Matias Velho, em Canoas, que não se concretizou porque uma resolução em plenária do Comitesinos que chancelou o estudo da Planície de Inundação para que não tivesse investimento da Caixa Federal para o programa Minha Casa Minha Vida em área de risco. Houve resistência inclusive do Estado que defendia a função do Comitesinos  só para cuidar da quantidade e qualidade da água. Resistimos, fomos ameaçados porque havia a especulação imobiliária.” Anderson Etter

Área de margens

“Pelo código de meio ambiente áreas de margens que devem ser preservadas de acordo com a largura do rio. Sabemos que existem regiões que foram ocupadas há muito tempo, como o Centro de São Leopoldo, que não foi respeitado por isso temos o sistema de proteção (diques) contra as cheias para garantir a vida dos moradores do centro. Mas o código é claro dizendo que não devemos ocupar e manter uma área de mata ciliar que protege o rio e as pessoas. Exemplo disso é a cidade de Cruzeiro do Sul que está muito na margem, não te mata ciliar e as casas foram levadas por uma correnteza. Se a mata ciliar tivesse sido preservada, a área seria alagada. Hoje o mais importante é não construir nessas áreas que o rio vai ocupar no momento de cheias que são a planícies de inundação.”

Saiba mais

As reuniões plenárias do COMITESINOS são abertas ao público e busca-se, cada vez mais, ampliar a participação da comunidade nas discussões dos temas em pauta.

Comitesinos é composto por:  Gravataí; Igrejinha; Ivoti; Nova Hartz; Nova Santa Rita; Novo Hamburgo; Osório; Parobé; Portão; Riozinho; Rolante; Santa Maria do Herval; Santo Antônio da Patrulha; São Francisco de Paula; São Leopoldo; São Sebastião do Caí; Sapiranga; Sapucaia do Sul; Taquara, Três Coroas

  • Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos – COMITESINOS
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    Centro Comunitário do Campus da Unisinos
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    Fone: (51) 3590-8508
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