O cantor missioneiro Leonardo Charrua vai soltar a voz talentosa na terça-feira, 13, a partir das 21 horas, na chegada da Chama Crioula no Parque de Recreação do Trabalhador, em São Leopoldo, um dos acampamentos da cidade. Com mais de 40 anos de carreira no nativismo gaúcho, o cantor e compositor Charrua foi o convidado no Cultura Capilé de hoje (9), e falou sobre suas andanças pelo Estado, da capital à fronteira e o início da carreira. Falou também sobre o terceiro álbum, CD físico que está no forno em parceria com Carlos Alberto Hahn.
“Comecei bem jovem numa linha terrunha, mais chão, mais terra, mais raíz. Fiz incursões para saber mais sobre a miscigenação das raças, sempre me interessei muito pela cultura, pela etnia indígena. Minha avó era bugra”, contou o grande vencedor do Carijo da Canção Nativa, de Palmeira das Missões, em 1994, com a música Zaino Negro. “Já tinha participado de outros festivais, mas nesse venci e muitos nomes fortes, João de Almeida Neto, Cesar Passarinho entre outros, que eu era fã estavam lá participando”.
1ª Califórnia – 1971
Sobre a música nativista, Leonardo Charrua relembra a história voltando para 1971, primeira edição da Califórnia, em Uruguaiana. “Alguns compositores criaram a Califórnia depois de muitas inscrições negadas pelos organizadores de festivais. O argumento é que o tipo de música não atendia os critérios, ou seja, uma questão de escolha. Então a decisão desses artistas foi criar o próprio festival que virou esse marco na cultura gaúcha”, diz Charrua.
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