Se tem um fato da campanha eleitoral que é motivo de descontentamento em todos os partidos é a divisão dos mais de R$ 5 bilhões, o Fundo Partidário, entre os candidatos. Um abismo separa a quantia dos deputados federais com mandato em relação aos demais concorrentes sem mandato na Câmara Federal. Isso ocorre principalmente nos partidos que recebem as maiores fatias. Nesses casos os valores podem variar de R$ 2 milhões para quem busca a reeleição para R$ 175 mil de quem concorre sem mandato. E hoje (1º/09) deve ocorrer a renúncia da candidatura a deputado federal do petista de Novo Hamburgo, Tarcísio Zimermann. A campanha parou no final de semana. Zimermann que foi prefeito de Novo Hamburgo e deputado federal decidiu sair da disputa por conta da desigualdade na divisão dos recursos. Ontem (31) a coluna procurou o candidato que se colocou á disposição para falar hoje.
Mandato, estrutura, emendas e fundo
Para que ninguém tenha dúvida da disputa desigual entre os candidatos, basta lembrar que um deputado que busca a reeleição tem: quatro anos de mandato para fazer política, viajar por todo o estado com a estrutura em Brasília e no estado por conta dos recursos públicos; tem emendas parlamentares aproximadamente de R$ 13 milhões que decide onde e para quem vai direcionar; faz campanha recebendo seu salário normal e para coroar recebe a maior fatia do fundo partidário.
Nosso dinheiro
O Fundo Partidário é um dos critérios que o eleitor deve ficar atento na hora de decidir seu voto, mas principalmente questionar o candidato sobre esse tema. O Fundo Partidário é dinheiro do cidadão que paga os impostos e por isso é necessário questionar.
