A secretária da Saúde Andréia Nunes participou nesta sexta-feira (22), do panorama da Saúde Pública de São Leopoldo, promovido pela Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Tecnologia de São Leopoldo (Acist-SL). No início do encontro, o professor Marcos Lélis, coordenador do Grupo de Pesquisa Competitividade e Economia Internacional da Unisinos, mostrou números comparativos de quatro municípios com porte e características econômicas semelhantes: São Leopoldo, Novo Hamburgo, Canoas e Gravataí. As informações fazem parte da 21ª edição do Boletim Socioeconômico Trimestral da Acist-SL. A publicação reúne os dados coletados pelo Núcleo de Excelência Competitividade e Economia Internacional da universidade.
São Leopoldo, por exemplo, aumentou em 32% o gasto total com saúde por habitante. Passou de R$ 859,00 para R$ 1.137,00. A cidade também detém a maior proporção de leitos SUS da região, com 83,7% do total. Ou seja, dos 245 leitos de internação e complementares, 205 são do SUS.
A maior preocupação trazida diz respeito à mortalidade infantil, cujo a taxa alcançou 13,20 a cada mil habitantes. Todos os quatro municípios ficaram acima da meta do Estado, que é de 9,70. A secretária Andréia citou duas ações que estão sendo implementadas no município e começam a dar resultado. “A sífilis congênita é um dos fatores de má formação do feto. Criamos, em parceria com a Unisinos, o Programa de Educação para o Trabalho (Pet) Sífilis, que buscou compreender os motivos de infecção das gestantes e o não-acesso ao tratamento completo, que pode ocasionar graves riscos à saúde da própria mãe, e do bebê, se não realizado em até três semanas. Com o diagnóstico em mãos, as novas políticas já passam a fazer parte do dia a dia das unidades”, ressaltou.
Andréia citou ainda o programa Primeira Infância Melhor (Pim), que atende 600 crianças na zona norte da cidade. “O público-alvo do programa são famílias com gestantes ou com crianças menores de 6 anos de idade. As ações têm como foco a promoção do desenvolvimento integral infantil, da parentalidade positiva, assim como a identificação de potencialidades e necessidades das famílias”, explicou.
Participaram do debate a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Izabel de Oliveira, e a diretora de Saúde da Acist-SL, Leila Link, que fez a mediação do debate.