Mais uma tragédia aérea entra para a história. A queda do avião da Voepass, que caiu no início da tarde da última sexta-feira, 9, em um condomínio no bairro Vinhedo (SP), não deixando sobreviventes, me fez refletir acerca de nossas ações para conosco e para com aqueles que amamos.
O fato de agirmos no automático diante da correria do dia a dia, nos deixa “em falta” com muita gente. A cordialidade vai dando espaço à individualidade e à invisibilidade. E mesmo rodeados de pessoas, nos isolamos e pouco interagimos com nossos semelhantes.
Temos pressa. Queremos tudo de imediato, como se fosse o “último dia de nossas vidas”. E, às vezes, é…
Guardamos a melhor roupa para um momento especial. Aquele vinho fica guardado para a melhor ocasião. O passeio com os ex-colegas da faculdade espera a situação financeira melhorar.
E assim perdemos o melhor da vida, o melhor das pessoas. Deixamos para depois, a oportunidade de criarmos memórias, de criarmos laços, de demonstrarmos afeto.
Concordo que muitas coisas devem ser guardadas, cuidadas, poupadas. Mas quando o assunto é sentimento?
Existe o melhor momento?
Chego a conclusão que o melhor momento é sempre o agora!
Então, que saibamos aproveitá-lo, sem procrastinar.
Que hoje seja aquele dia para vestirmos a melhor roupa, beber um bom vinho, passear com quem nutrimos o “bem-querer”.
E claro, sem economizamos nos “Eu te amo!”. Talvez não tenhamos outras oportunidades para externar o que sentimos… pois não sabemos o que o momento seguinte nos reserva!
Pense nisso!
Cíntia Maciel – Graduada em Letras, Pós-Graduada em Neuropsicopedagogia, Supervisão Escolar, Docência no Ensino Superior, Atendimento Educacional Especializado e Atendimento Educacional Especializado com Ênfase em Autismo.