A facção do Vale do Sinos, que foi alvo da maior operação da polícia gaúcha no dia 19 abril, também negociava pedras preciosas como forma de lavar dinheiro. Conforme o diretor da 2ª Delegacia Regional Metropolitana, delegado Mario Souza, ao menos cinco empresas de fachada eram mantidas pelo grupo na tentativa de simular que os negócios eram legais. Uma delas seria de compra e venda de pedras preciosas.
Ainda segundo a investigação, essa seria mais uma das alternativas que o grupo criminoso utilizava para tentar driblar as autoridades e simular que os negócios feitos e o lucro obtido eram legais. O grupo também adquiria, com o dinheiro dos crimes, casas, carros de luxo e até aviões. A operação teve como objetivo combater a lavagem de dinheiro feita pela facção.
As imagens obtidas pela reportagem de GZH foram feitas pelos próprios criminosos e eram compartilhadas entre eles. A polícia confirmou que detectou a negociação dos produtos por parte de integrantes da facção. Segundo as equipes, o grupo adquiria diferentes tipos de pedras, como safira, quartzo, ametista e esmeralda.
Na operação do dia 19, a polícia apreendeu 102 veículos — alguns de luxo como BMWs, Audis, Camaros, Range Rover Evoque, Cadillac e Maserati —, um avião e realizou 38 sequestros judiciais de imóveis, espalhados pela Capital e Região Metropolitana. O prejuízo à facção é estimado pela polícia em R$ 50 milhões.
Fonte: GZH