Desemprego de longo prazo cai 17,3% no segundo trimestre, aponta IBGE

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O número de pessoas que estão há mais de dois anos em busca de emprego registrou uma queda significativa de 17,3% no segundo trimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), divulgada pelo IBGE, 1,7 milhão de brasileiros encontravam-se nesta situação entre abril e junho de 2024, representando o menor contingente desde 2015, quando o número era de 1,4 milhão.

Apesar da redução, essas pessoas ainda compõem 22,4% do total de desempregados no país. A pesquisadora do IBGE, Adriana Beringuy, destacou que o setor de serviços, que oferece empregos com menor exigência de qualificação, tem sido crucial para absorver trabalhadores de diferentes perfis, contribuindo para a diminuição do desemprego de longa duração.

Outros grupos de desempregados também apresentaram reduções: entre aqueles que buscam emprego há mais de um ano e menos de dois anos, houve uma queda de 15,2%; entre um mês e um ano, a redução foi de 11%; e para os que procuram emprego há menos de um mês, a diminuição foi de 10,2%. Atualmente, 47,8% dos desempregados estão nessa última faixa, buscando emprego há mais de um mês e menos de um ano.

Desigualdade de Gênero no Mercado de Trabalho

No que se refere ao desemprego por gênero, as mulheres continuam a enfrentar maiores desafios. No segundo trimestre de 2024, a taxa de desemprego entre as mulheres foi de 8,6%, a menor desde o quarto trimestre de 2014, quando era de 7,9%. Em contraste, a taxa de desemprego entre os homens foi de 5,6% no mesmo período.

Apesar da melhora na taxa de desemprego feminina, a desigualdade de gênero persiste. O nível de ocupação das mulheres, que é o percentual de pessoas empregadas em relação ao total de pessoas em idade de trabalhar, atingiu um recorde histórico de 48,1%, mas ainda está 20 pontos percentuais abaixo do nível de ocupação dos homens, que é de 68,3%.

Além disso, a disparidade salarial permanece elevada. No segundo trimestre deste ano, o rendimento médio real habitual das mulheres foi de R$ 2.696, enquanto os homens receberam, em média, R$ 3.424, uma diferença de R$ 728.

Por Agência Brasil

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