Os atrasos nos pagamentos com médicos terceirizados foi pauta do encontro entre representantes do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e direção da Fundação Hospital Centenário (HC). A reunião ocorre na tarde deste segunda-feira (20).
A médica Débora Espírito Santo e o advogado Anderson Borba foram recebidos pelo presidente do Centenário, Ricardo Silveira, e diretora técnica da instituição, a médica Juliana de Oliveira.
Ricardo Silveira tratou como “muito delicada” a situação herdada pela atual administração, citando problemas estruturais e organizacionais. “De início tivemos que fazer um movimento para solucionar a questão de higienização e de falta de alimentos. Temos apenas 52 médicos concursados. Isso é preocupante. Enquanto isso, terceirizados atuam das mais variadas formas. Lamentavelmente, identificamos atrasos de 3 a 4 meses no pagamento das empresas. É insustentável de administrar dessa forma. Queremos que cargos estratégicos sejam ocupados por profissionais com formação e experiência”, afirmou.
O plano apresentado por Silveira começa pelo diagnóstico da dívida. “Os primeiros apontamentos mostram um deficit que pode chegar a R$ 30 milhões. Empresas terceirizadas, que repassam para os médicos, não estão sendo pagas há três meses. Num segundo momento, vamos chamar as empresas para renegociação, equacionando, primeiramente, os meses em atraso. Isso começará a ser feito já partir da próxima semana. O diálogo com o Simers faz parte da resolução dos problemas”, destacou.
Uma próxima reunião com o sindicato ficou agendada para o dia 30 de janeiro.
A reportagem está tentando contato com a gestão anterior, mas ainda não conseguiu retorno.