Criciúma viveu uma madrugada de terror nesta terça-feira (1º). O Centro da cidade foi sitiado por assaltantes de bancos que explodiram agências e caixas eletrônicos. Eles usaram reféns como escudo, provocaram incêndios e atiraram várias vezes. Elites das polícias Civil e Militar atuam na investigação e busca a assaltantes.
O túnel do Morro do Formigão, na BR-101, em Tubarão, foi interditado com o uso de um caminhão incendiado para evitar que reforços policiais chegassem à cidade. Segundo relatos de moradores, os bandidos atearam fogo em outro caminhão em frente a um batalhão da Polícia Militar.
A ação durou pouco mais de uma hora. Um policial militar e um vigilante ficaram feridos. O agente atingido no abdômen passou por cirurgia no Hospital da Unimed. O quadro dele é estável.
Nesta manhã, o esquadrão antibombas atua para desarmar supostos explosivos amarrados em postes perto da agência.
No mínimo 30 pessoas fortemente armadas e com capacetes e coletes participaram da ação. Por volta das 2h30min, cenário era de cápsulas de fuzil caídas no chão, dinheiro espalhado e moradores recolhendo cédulas.
— Foram três ou quatro agências atacadas, quebraram vidros, saquearam lojas, colocaram a cidade em pânico. Em poucos minutos a cidade toda acordou — descreveu o prefeito Clésio Salvaro, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Os primeiros relatos de tiros no centro da cidade aconteceram por volta da meia-noite. Imagens em redes sociais mostraram reféns usados como escudos em dois locais Segundo o prefeito, eram funcionários do município que pintavam faixas de trânsito. Nenhum foi ferido.
Equipes policiais atuam nas buscas aos bandidos em Criciúma
Os suspeitos abandonaram pelo menos um malote de dinheiro com cerca de R$ 300 mil. Eles teriam fugido em vários carros em direção ao Sul do Estado. Por volta das 2h30min, peritos chegaram às ruas para analisar a supostos materiais explosivos deixados pelos assaltantes. Quatro pessoas foram levadas para a delegacia por estarem tentando furtar dinheiro espalhado na rua. Elas não teriam participação no ataque.
Para polícia, ação foi realizada por bandidos de fora do Estado
A prefeitura de Criciúma precisou pedir reforço a batalhões de municípios vizinhos e também para cidades do Rio Grande do Sul. Os agentes fazem buscas e bloqueios pela região.
Fonte: NSC