O Boletim Epidemiológico da Hipertensão Arterial e Diabetes lançado nesta terça-feira (10) pela Prefeitura de São Leopoldo e Unisinos mostra que as áreas da Cohab Feitoria e Cohab Duque têm a maior prevalência de hipertensão, enquanto o diabetes foi mais frequente na Cohab Feitoria e no Rio dos Sinos após três anos de pesquisa. “É uma ferramenta importante para gestão porque mostra as diferenças entre as prevalências de hipertensão e diabetes entre as regiões municipais. Nunca antes em São Leopoldo se fez vigilância de doenças crônicas não transmissíveis como hipertensão e diabetes. E estamos iniciando esse monitoramento para subsidiar futuras ações”, explicou a enfermeira Patrícia Vitória Pires, da Vigilância Epidemiológica. Confira o resumo com os principais dados:
- A hipertensão foi mais prevalente no sexo masculino em todas as faixas etárias;
- O diabetes foi mais prevalente no sexo feminino no geral e em todas as faixas etárias;
- A maior prevalência dessas doenças foi em pessoas com 65 anos ou mais, representando 48,1% dos casos de hipertensão e 50,6% dos casos de diabetes;
- As pessoas com a cor ou raça preta apresentaram maior prevalência de hipertensão e diabetes do que as demais;
- Em pessoas com mais anos de estudo, a prevalência dessas doenças foi menor;
- A área com maior prevalência dessas doenças foi a ESF Cohab Feitoria, seguida da ESF Cohab Duque para hipertensão e da ESF Rio dos Sinos para diabetes;
- No geral, São Leopoldo apresentou menores prevalências do que o Brasil.
Mais de 128 mil prontuários
Foram consultados mais de 128 mil prontuários, para identificar o perfil de usuário e comorbidades. “Fizemos o trabalho com São Leopoldo para São Leopoldo, com técnicos da cidade. Todos irão se beneficiar. O boletim vai subsidiar a Secretaria da Saúde para elaborar estratégias de enfrentamento e como tratar doença crônicas. Monitorar evita agravo, evita usar UTIs e proporciona mais qualidade de vida e economia para o município”, ressaltou a enfermeira Vânia Bezoti Micheletti, que é professora da Unisinos e uma das responsáveis pela pesquisa junto com o residente em fisioterapia e bolsista Luis Mercaus.
Desafio
“Essa pesquisa desafiou a rede, passou pela Farmácia, pela Vigilância, e reforçou a participação da universidade na rede pública. Muita gente esteve envolvida em alguma questão. Agradeço a coragem e a iniciativa de todos”, sublinhou a secretária da Saúde Paula Silva.