O Berlinda News Entrevista recebeu nesta quinta-feira (08) o diretor do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae), Gabriel Dias. Entre muitos assuntos tratados, ele trouxe uma novidade: o Programa Água para Todos que deverá ser anunciado oficialmente em breve por ele e pelo prefeito Heliomar Franco.
O programa consiste em levar água para ocupações como Vitória, Vila verde, Cootrap e Tancredo. Para isso, serão investidos inicialmente R$ 2 milhões para a instalação de dois mil metros de rede que beneficiarão na primeira fase 380 economias.
Com isso, de acordo com Dias, além de levar mais dignidade à essas ocupações, o Semae também terá um aumento no seu caixa, já que atualmente a autarquia sofre com uma inadimplência de 29,8%. “Ou seja, quase 30% do que esperávamos receber não entrou no caixa”, explicou ele que lembrou que a isenção de taxa não entra nessa porcentagem.
Ainda conforme o diretor, o Semae estava com deficit orçamentário de R$ 9 milhões que foi quitado e já no primeiro trimestre deste ano fechou o caixa com saldo positivo de R$ 4 milhões.
Obras importantes para os próximos anos
Conforme o diretor do Semae, duas obras estão sendo colocadas como prioritárias. A primeira, é próximo a EMEI Brinco de Princesa, no bairro Vicentina, onde será instalada uma rede que pretende dar fim aos alagamentos naquela área. “Vamos fazer metade por vala aberta e a outra metade por baixo das casas”, explicou Gabriel Dias.
Já a segunda obra é focada nos alagamentos históricos que acontecem sempre que chove no trecho da Avenida São Borja com a Rua Amadeo Rossi, onde está localizado o posto de combustíveis Kauer. “É uma questão de muitos anos, por isso já estamos fazendo o projeto para fazer uma galeria, porque essa é a única forma de resolver. Será uma obra grande, cara, mas necessária”, ressaltou Dias que completou: “Vamos jogar a rede para a Avenida Pedro Américo e depois para o Arroio Kruse.”
Operação OCA e Casas de Bombas
A primeira fase da Operação Controle de Alagamentos (OCA) que consiste em desobstruir as redes de esgoto pluvial, reduzindo o risco de alagamentos, já foi finalizada. A operação inclui ainda a limpeza de bueiros, micro e macrodrenagem e hidrojateamento. “As galerias ficaram cheias após a enchente, então precisamos despressurizar o sistema nesses últimos três meses.” Ao todo, foram retiradas quatro toneladas de cedimentos das redes distribuídas por 180 quilômetros de 126 ruas da cidade. “Agora passamos para a próxima fase que é a limpeza contínua e provavelmente vamos começar pela Feitoria.”
Em relação às Casas de Bombas, Gabriel Dias também afirmou que todas estão funcionando com toda sua capacidade. “Conseguimos recuperar as sete bombas da João Correa. As duas anfíbias da Vila Brás também estão operacionais, além das instaladas na Campina, atrás da rodoviária, as do ginásio e também do Arroio Cerquinha.”
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