Mais um ciclone extratropical deve atingir o Estado essa semana. Até quarta-feira (5) a previsão é de tempo firme, mas de quinta para sexta-feira deveremos ter mudanças. Porém, segundo a meteorologista Estael Sias, da MetSul Meteorologia, o fenômeno deve ser menor do que atingiu o RS entre os dias 14 e 15 de junho. “Pode ocorrer chuva forte e volumosa em partes do Estado, causado por uma frente fria associada a um ciclone condição típica de inverno. Mas muito diferente do mês passado”, afirmou Estael.
A MetSul Meteorologia adverte que o comportamento do regime de vento ao redor da Antártida nesta primeira metade de julho tem potencial para aumentar a chuva no Sul do Brasil assim como agravar o risco de formação de ciclones extratropicais nas latitudes médias da América do Sul, por efeito impactando a parte meridional do território brasileiro.
O ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul e Santa Catarina no mês passado, com enormes impactos humanos e econômicos no estado gaúcho, coincidiu justamente com uma queda no que se chama de Oscilação Antártica, que adentrou em território negativo ao redor da metade do mês. De acordo com a MerSul, isso não significa que sempre que a oscilação da Antártida adentrar em valores negativos vai se dar um ciclone tão intenso como o verificado no mês passado. O que a fase negativa gera é um maior risco de formação de ciclones nas latitudes médias perto do Sul do Brasil, e estes sistemas podem ser fracos, moderados e em alguns casos intensos.
Estael Sias diz que por enquanto não tem como apontar as áreas que teremos a maior precipitação de chuva. “Os modelos ainda divergem, a cada rodada colocam uma região, mas em geral será no Centro/Leste”, apontou.