“Não interessa se sou vereadora da oposição. Existem as disputas políticas, mas existem também os problemas do povo”

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Nesta sexta-feira (07) que antecede o Dia Internacional da Mulher, o programa Berlinda News recebeu a vereadora de São Leopoldo Karina Camillo (PT) que junto com a presidente da Câmara, Iara Cardoso (PDT) são as únicas mulheres no legislativo municipal.

Lembrando a data, a vereadora ressaltou que ainda é preciso fazer muito para que as mulheres alcancem o que desejam. “Nós mulheres continuamos todos os dias tendo que fazer uma luta contra o preconceito, contra o machismo, contra o racismo. Temos que ter coragem de dar nossa opinião, mostrar porque estamos aqui. Ser mulher não é fácil. Já nasce para ser a construtora da família, ter filhos e ainda temos que dizer que lugar da mulher é onde nós quisermos. O que a gente espera é que outras mulheres tenham coragem de participar da política. Não adianta falar e continuar votando nos homens.”

Dois meses na Câmara de Vereadores

Segundo Karina, o trabalho não tem sido fácil e o aprendizado acontece diariamente. Recentemente, ela assumiu também a Procuradoria da Mulher, mas diz estar trabalhando para toda a população, em todas as áreas, já que as demandas são muitas. “Estou muito feliz agora com a reforma para podermos ter uma equipe maior. O número de vereadores na cidade é muito pequeno diante da demanda que temos, pelo menos para atender as demandas prioritárias”, pontuou ela que completou: “Não fui eleita pelo povo pra ficar dentro da Câmara de Vereadores no ar condicionado. Eu fui eleita para continuar dentro das comunidades, escutando os problemas para poder trazer essa opinião com mais força para tratarmos da demanda que a classe trabalhadora precisa.”

Tempo de trabalho

Em relação as áreas ocupadas em São Leopoldo que foram regularizadas, a vereadora ressaltou que é preciso seguir trabalhando e dando continuidade ao que foi programado no governo anterior.

“O cronograma ficou pronta de todas as áreas que serão regularizadas. Conversei com o Gabriel Dias e falei que é urgente. Calor de 40 graus e as pessoas estão sem água. Tentamos resolver isso lá e não foi possível porque tinha uma burocracia. Se São Leopoldo não tinha onde buscar uma produção habitacional porque no período Bolsonaro não tinha programa, eu como secretária de habitação não tinha como construir uma casa. Aí eu vou excluir as pessoas da cidade? Ou eu vou encontrar um meio de melhorar a vida nesses locais? Claro, dentro de onde é possível. Ninguém vai regularizar áreas impróprias.”

Ainda de acordo com Karina, as disputas políticas muitas vezes atrapalham o objetivo principal que é trabalhar a favor da população. “Vencemos um processo de não ao despejo. Despois fizemos toda uma negociação  dentro do governo conversando com meio ambiente, ministério público para encontrar soluções, aí veio a enchente. Mas as tratativas que a gente havia combinado que era colocar primeiro a água, porque água é direito universal. Então eu preciso continuar tratando disso. Não interessa se sou vereadora da oposição. Existem as disputas politicas, mas existem também os problemas reais do povo. E o tempo da eleição já passou.”

OUÇA ABAIXO A ENTREVISTA COMPLETA

 

 

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