Casa Isaura Maia, Casa da Jéssica e Casa Clara Francisco: residências de SL abrigam jovens com deficiência afastados da família

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Onde estão as crianças e adolescentes com deficiência física e mental que não têm família ou que não foram aceitos em casa ou que, por segurança, precisaram ser afastados? Você já parou para pensar nisso? Em São Leopoldo, graças à união de forças, muitos são encaminhados por ordem judicial para a Casa Isaura Maia, Casa da Jéssica e Casa Clara Francisco.

E para falar sobre este assunto, o programa Berlinda News Entrevista recebeu nesta quinta-feira (12) no estúdio a coordenadora da Casa Isaura Maia, Eliene Amorim, a assistente social, Ana Paula Messias Brum e uma das adolescentes moradora da Casa da Jéssica, a Brenda, de 19 anos.

De acordo com Eliene, todas essas residências surgiram a partir da necessidade de abrigar crianças e adolescentes com algum tipo de deficiência que não tinham destino certo.

“A Casa Isaura Maia nasceu inspirada em uma moradora da Cohab Duque. A Isaura, quando fundamos a casa, foi a nossa primeira educadora e depois de um ano, ela veio a óbito, então decidimos fazer uma homenagem dar o nome dela ao local, por ter sido uma mulher preta, trabalhadora da educação e engajada em ações sociais”, contou ela que completou: “Mas para onde vão os jovens depois que completam 18 anos? Com o apoio do secretário municipal de Assistência Social,  Fábio Bernardo, resolvemos fundar residenciais inclusivos.”

Por meio de um convênio com a prefeitura e também com a ajuda e apoio da sociedade civil e da iniciativa privada, como o Banco Sicredi, as casas possuem psicólogas, assistentes sociais, educadores, oficineiros, cozinheiras, organizadoras de serviços gerais e funcionário de manutenção.

“Além disso, cada morador tem direito a fazer um passeio por mês e todos eles também recebem uma mesada para aprenderem a gerenciar o dinheiro”, explicou Eliene.

Moradores Invisíveis para sociedade

A Casa da Jéssica, localizada no bairro Campina, recebeu este nome em função de uma moradora que ainda vive na residência. Jéssia, segundo Eliene, chegou ao local com apenas 13 anos. Com deficiências múltiplas, ela recém havia recebido um laudo médico sentenciada a viver por, no máximo, mais três anos. Com carinho, cuidado e atenção recebidos na casa, Jéssica contrariou o diagnóstico médico e hoje, tem 23 anos.

Outra moradora da Casa da Jéssica é a sincera e extrovertida Brenda, 19 anos, que também esteve no estúdio participando do programa. Com bastante desenvoltura, ela contou que vai começar a estudar o 1º ano do ensino médio e que quer se formar em Direito.

“Ela acorda cedo, por volta das 7 horas e tem autorização para conversar com a família por vídeo chamada”, comentou Eliene.

Para a assistente social, Ana Paula Brum, que trabalha diretamente com os jovens, é preciso fazer com que todos se sintam em casa. “Eles têm limitações, cada um tem o seu jeitinho, mas é um local maravilhoso de trabalhar. Acolhemos com carinho e fazemos com que se sintam em casa, porque é a casa deles.”

Para ajudar, basta entrar em contato pelo telefone 9974-9279 ou fazer diretamente um PIX para a chave 11345869000194 (Banco Sicredi).

Assista ao programa completo:

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