Câmara de Vereadores poderá ter novo endereço ainda esse ano

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A Câmara de Vereadores de São Leopoldo, que há anos está estabelecida em um casarão histórico em frente à Praça do Imigrante, no Centro da cidade pode estar com os dias contados neste endereço. Se depender da atual Presidente da Câmara, Ana Affonso (PT), ainda este ano o Legislativo terá uma casa nova, mas ainda temporária. Isso porquê, segundo ela que esteve na manhã desta segunda-feira, 11, no Berlinda News Entrevista, existe um projeto deixado pela gestão anterior para construir um novo prédio para ocupar os vereadores municipais e as equipes.

PV Sinos

“O que ficou da gestão anterior foi uma proposta de contratar uma empresa que construiria um espaço físico permanente da Câmara e enquanto isso ficaríamos estabelecidos no antigo prédio do PV Sinos, próximo à Prefeitura e ficaríamos ali de aluguel. Hoje à tarde teremos uma reunião onde vamos verificar todos esses projetos para já começar as tratativas, porque também temos que conversar com o Executivo, mas acho que é uma saída que fica bem para todos”, afirmou ela que demonstrou preocupação em relação a segurança daqueles que utilizam a atual casa.

Sem PPCI

De acordo com a vereadora, o Corpo de Bombeiros não liberou o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI) que garante que o prédio cumpre todos os quesitos necessários de segurança. “É uma casa antiga, com fiação antiga e mostra o quanto estamos expostos principalmente quando os bombeiros não liberam o PPCI. O certo seria fazer uma reforma e até alterar o telhado, porque chove dentro. Isso é preocupante. Se não temos o PPCI é porque não estamos em segurança.”

Patrimônio Histórico

Reformar ou fazer qualquer modificação estrutural no casarão onde se encontra a Câmara de Vereadores não é possível. A construção está no hall das 265 que fazem parte do Patrimônio Histórico do Município. Ter este título significa que o prédio tem um legado histórico que deve ser deixado para as futuras gerações e por isso não pode ter a arquitetura externa e interna modificada, apenas restaurada por especialistas.

“É uma casa histórica, a Câmara ocupa aquele espaço já há alguns anos e cada vez mais encontramos dificuldades de poder conciliar as funções, porque por ser tombado não podemos e nem devemos alterá-la, ou seja, para adequar os vereadores e a função do parlamento, a gente acaba fazendo todo um malabarismo. Muitos estudos já foram feitos para sairmos dali para cumprir o papel dela mesmo de patrimônio histórico. Então acho que essa é uma questão primordial esse ano para dar um fechamento para esse processo. O que falta agora é efetivar, então será uma das principais pautas, porque pretendemos até o final deste ano sair deste espaço”, ressaltou Ana Affonso.

Nove bancadas

O número de bancadas, hoje nove(9),  dificultará o trabalho de todos no local, já que não há espaço adequado e suficiente para todos. “Uma das tarefas que cumpri nos primeiros dias foi receber os vereadores novos de primeiro mandato. Nós temos nove bancadas, então já sofreu uma dificuldade muito grande de acomodação tanto dos vereadores como das bancadas. Fizemos um esforço e foi preciso abrir mão de algumas coisas para adequar o tamanho do prédio para tantas bancadas. Estamos fazendo mau uso daquele espaço, improvisando, organizando e nunca fica como deveria ser. As condições dos parlamentares de trabalho também ficam bastante prejudicadas”, afirmou a Presidente da Câmara que lembrou que o local também não é o melhor para receber a população.

Sem acessibilidade

“A acessibilidade para a população é muito difícil, porque tem vários andares, com escadas de madeira e os gabinetes são divisórias, não permitem receber muitas pessoas. O plenário é bastante adequado, mas se tornando uma casa de cultura poderá ocupar pequenos espetáculos, o que eu acho que é a função daquela casa. Desse jeito ficaria bem mais prestigiada inclusive pela população. Então estamos assumindo esse compromisso para dar um desfecho para essa questão.”

Reduzir equipes não é opção

Para a vereadora e Presidente da Câmara, Ana Affonso, o número de vereadores e as equipes coordenadas por eles quase que não chega para atender toda a demanda trazida pela população. Além disso, a equipe administrativa da Câmara é pequena e também não corresponde ao ideal. Por conta disso, reduzir o número de pessoas para manter o legislativo na casa em frente à Praça do Imigrante estaria fora de cogitação. “Estou iniciando o quarto mandato, nós somos uma cidade de 210 mil habitantes, temos 13 vereadores, já tivemos 21. A dimensão que temos dos problemas, do número de pessoas, das comunidades é enorme. Na minha opinião, a Câmara é bem enxuta, cada vereador tem 3 assessores, não é nada extraordinário para uma cidade desse tamanho. Tem muito trabalho mesmo, nós não conseguimos dar conta diante da demanda que a população traz. Além disso, temos os servidores públicos da casa e na minha opinião teria até que abrir concurso, como por exemplo, para a área de comunicação que nós não temos. Hoje existe um limitador que é de apenas um jornalista por bancada. Com a lei do governo Bolsonaro não permite a criação de novos cargos, uma bancada ficará sem. A nossa Câmara não é um exagero em recurso pessoal, ela dá o suporte mínimo para as tarefas que temos.”

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