Um capítulo importante da história de São Leopoldo começou em 2 de abril de 1872, às margens do Rio do Sinos, com a chegada de seis religiosas da Alemanha, as irmãs Franciscanas da Penitência e Caridade Cristã. “Vieram para dar aula para as meninas a pedido dos padres jesuítas. Foi uma viagem de navio por mais de 30 dias, com muitos desafios até desembarcar em São Leopoldo no dia 2 e três dias depois, no dia 5, estavam dando aula para 23 meninas debaixo de uma laranjeira, porque a casa não tinha espaço físico”, contou a irmã Roseli Teresinha Klein, uma das religiosas do Pensionato, Lar Santa Elizabeth e do Colégio São José. no Cultura Capilé de hoje (25).
São Leopoldo foi o primeiro endereço das religiosas Franciscanas no Brasil. Por isso, os 150 anos serão comemorados no dia 2 de abril (sábado) quando a história será revivida. “Às 9 horas estaremos no Museu do Rio para o início da celebração. Em procissão a pé, iremos até a igreja matriz Nossa Senhora da Conceição e depois, em carreata, seguiremos até o Colégio São José para uma missa na capela totalmente restaurada. A única parte com restrição de público é na missa, por conta da pandemia”, diz a religiosa convidando o público.
Origem do nome Colégio São José
“Após chegar no Rio de Janeiro, as seis (6) religiosas embarcaram em outro navio até o Porto de Rio Grande. No dia 17 de março de 1872, após três dias de viagem, quebrou o leme do navio que ficou à deriva, e por consequência o naufrágio era certo. As irmãs tinham junto uma pequena imagem de São José. Pediram a intercessão do Santo, rezaram junto com os demais tripulantes e prometeram que se chegassem salvas a São Leopoldo, a primeira obra na cidade levaria o nome do santo.”
Navio rebocado
“A promessa foi feita no dia 17 de março e no dia 19, um navio que vinha da Argentina, rebocou o navio de volta o Rio de Janeiro com toda a tripulação salva. Lembrando que 19 de março é dia de São José.”
No Santa Marta, humildes começos
“Em 2021, para marcar os 150 anos, três religiosas se mudaram para a Santa Marta, e fundamos essa comunidade lá para estar junto do povo mais simples, que esse é o objetivo da nossa missão. Chamamos isso de “humildes começos”, como foi para as seis religiosas que chegaram em 1872, com pouco material, porque parte da bagagem que tinha o material para as aulas, foi extraviada.”
Exposição no Museu do Rio do Sinos
“No dia 2 de abril, também haverá uma exposição da história da chegada das religiosas e tudo o que foi sendo construído pela congregação no RS e em outros estados, a partir de São Leopoldo, estará no Museu do Rio do Sinos para visitação do público.”
Confira o programa na íntegra