Para quem acompanhou “de fora” o debate intenso e tenso entre os integrantes do PDT de São Leopoldo, nos últimos dias para definir os integrantes do diretório (cuja convenção virtual será amanhã, 20), a impressão até poderá ser que o partido está em crise, rachado, enfraquecido. Minha avaliação é outra. A disputa pelo poder interno, travado entre Ary Moura e Iara Cardoso é normal, previsível e salutar para o fortalecimento da sigla. Logicamente fortalece individualmente os dois nomes. Cabe a seus apoiadores (e isso já está ocorrendo) fazer a narrativa nas redes sociais mostrando o que isso representa.
Os filiados do grupo da vereadora Iara Cardoso fazem a seguinte leitura: pela primeira vez alguém “desafiou” Ary Moura sobre o comando do partido. Isso agrega à vereadora, segundo seus pares, a coragem e articulação de uma liderança partidária.
Por sua vez, a narrativa dos pares de Ary Moura é que ao ter seu nome novamente aprovado para presidir o partido, em chapa única, fortalece ainda mais o atual vice-prefeito e diretor do Semae no cenário municipal e estadual.
Vale prestar atenção: quanto menor for a disputa pelo comando de uma sigla partidária, certamente menor será o partido.
Ao fim e ao cabo, amanhã, após às 19 horas, encerramento da convenção, todos os pedetistas estarão comemorando o resultado da mobilização e, na eleição de 2022, os trabalhistas estarão nas ruas em busca de votos. As divergências internas fazem parte da vida partidárias.