A direção da EMEI Girassol, localizada na Vila Brás, entregou hoje (12) um relatório sobre as condições da instituição para o presidente da Comissão de Educação, vereador Falcão (MDB). Com imagens e descrição, a direção, diz que não há condições mínimas de receber os alunos, quando isso for possível. A instituição atende 150 alunos de zero a cinco (5) anos, divididos em nove (9) turmas.
Integrante da direção há sete (7) anos, Cássia Wagner, afirma que nesse período não houve investimento na estrutura. “Estamos cobrando itens básicos para a abertura da escola, que está sem condições de receber as crianças num possível retorno. Já solicitei vistoria da Vigilância Sanitária, para saber das adequações que teremos que realizar, pois ano passado não teve vistoria”, diz Cássia isso porque as equipes da escola – professores e funcionários – serão os primeiros da rede a receber as vacinas pelo sistema atual de doses remanescentes. Para a diretora, nas condições que a escola se encontra hoje, a Vigilância Sanitária não deve liberar.
“Acredito que se a escola não for adequada de acordo com as exigências da Vigilância Sanitária e outros itens básicos como acessibilidade, saída de emergência (que não foi finalizada com a troca de terreno que tivemos devido a obra do Posto de saúde), adequação do piso de algumas salas e forro/telhas de salas e refeitório, não há como receber os alunos”, finaliza Cássia.
Antes da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores, a direção buscou o Conselho Municipal de Educação, que esteve na escola na sexta-feira, dia sete (7), e enviou o relatório ao Ministério Público. “Teremos reunião com a Promotoria no dia 18/05”, diz Cássia.
O que diz o secretário municipal de Educação
” Entre segunda e quarta-feira da próxima semana terá início a manutenção paliativa na EMEI Girassol, conforme nosso cronograma de obras em várias escolas da rede. No segundo semestre de 2021 apresentaremos o projeto da nova escola, cuja construção terá início em 2022, por etapas. Tudo isso a direção da escola sabe, porque tratamos disso há mais tempo”, explicou o titular da Educação, Ricardo Luz.
Ricardo Luz reconhece que a necessidade de uma nova escola não é de agora. No entanto recorda que a decisão do governo federal de suspender a construção de escolas em todo o Brasil, no final de 2018 (no então governo Temer) refletiu diretamente no Município. “Eram quatro escolas para São Leopoldo, e uma era a Girassol, que seria construída em novo endereço, na praça da Brás. O recurso era de R$ 1,3 milhão que estava na conta do Município entre 2013 e 2016. Pelo novo projeto, a escola será construída no mesmo endereço”, relata o secretário.
O que diz o Conselho Municipal de Educação CME
“Nos reunimos com a Equipe Diretiva, Conselho Escolar e CPM na quinta-feira (6) e sexta-feira (7) fomos até a escola para vistoria. Finalizamos o relatório e hoje (12) ele foi aprovado para envio à Secretaria Municipal de Educação (SMED), que é a mantenedora da escola”, explica a presidente do CME, Fabi Bitello. Conforme a presidente do CME, a SMED recebe o relatório feito pelo conselho e com a confirmação do recebimento, o mesmo relatório é repassado para a escola. “Assim garantimos que a escola possa discutir com a SMED os pontos elencados por nós, porque há compromissos a serem efetivados por ambas as partes”, finaliza Fabi Bitello.