O Programa de Incentivos Hospitalares “Assistir”, do governo do RS, está há quase três anos no topo de críticas e justificativas de parte dos prefeitos gaúchos sobre a parcela do Estado no financiamento da saúde. Não avança. A narrativa do Estado é a melhor distribuição dos recursos, enquanto alguns gestores falam em cortar serviços. Foi o que disse o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (PT), em um vídeo postado após uma reunião na Granpal, cuja pauta foi pedido para revisão dos critérios ao governador Eduardo Leite.
Independente da resposta do Estado, prevista para hoje (29), o que a população precisa saber é o que pensam, sabem e indicam os pré-candidatos à Prefeitura e Câmara de Vereadores de São Leopoldo. Qual o projeto que será apresentado neste ano de eleição para que a saúde saia do topo de reclamações não somente sobre o Assistir, mas sobre todo o funcionamento da rede municipal de saúde.
Ao publicar o vídeo, o prefeito Vanazzi, que está no 4º mandato, diz publicamente a posição de seu governo que se prepara para reeleger o atual projeto com Nelson Spolaor. É a pauta que os adversários “agradecem” porque rende muito na conversa com a população, que precisa diariamente dos serviços.
A crítica está liberada mas apenas para início da conversa. O que a população precisa mesmo é saber o que cada um dos pré-candidatos pretende fazer se vencer a disputa de outubro. Se for apenas crítica ao atual governo, será um indício de falta de conhecimento do assunto ou pior que isso, a narrativa de campanha sem embasamento no financiamento da saúde envolvendo as três esferas: União, estado e município.
Só lembrando que o Assistir foi lançado em agosto de 2021 para “corrigir” a orçamentação de 2013, portanto há 11 anos. Aqui não há qualquer juízo de valor sobre a gestão dos prefeitos, mas há certeza que Estado e União precisam assumir a responsabilidade e realmente enviar recursos e não terceirizar.
