Para os alunos da rede municipal de São Leopoldo que estarão na Câmara de Vereadores na quarta-feira (1/11), no Seminário de Educação Socioambiental: 17 Anos da Mortandade de Peixes no Rio dos Sinos, será difícil entender que toneladas e toneladas de peixes morreram sufocados por dejetos industriais que eram jogados diretamente no Rio do Sinos, a mesma água que abastece toda a cidade. Isso porque são estudantes de uma geração que está crescendo no contexto que tem a educação ambiental no dia a dia na escola, na visita ao rio e nas estações de água e esgoto do Semae.
O prefeito Ary Vanazzi estava no segundo ano de seu 1º mandato e com o desastre criou o Consórcio PróSinos envolvendo as 30 cidades da Bacia do Rio do Sinos. Vanazzi abrirá o seminário. Tambéme starão presentes o diretor técnico do PróSinos, Hener Souza, a presidente do Comitesinos, Viviane Feijó, técnicos do meio ambiente e ribeirinhos para relatar o que viveram em outubro de 2016.
Legislação estadual
“Nosso objetivo é atingir toda a comunidade trazendo as imagens impactantes de outubro de 2006, principalmente a geração de estudantes de 16 e 17 anos que não vivenciaram o desastre e a partir disso debater sobre o que foi feito e o que está precisamos fazer interinamente para o meio ambiente e para nossas vidas”, destacou o secretário de Meio Ambiente, Anderson Etter, no Berlinda News Entrevista desta segunda-feira (30).
Mortandade de peixes mudou legislação estadual
“Naquele período existia uma condição de efluentes industriais de forma agressiva no Rio do Sinos. A partir da mortandade de peixes, a Legislação Ambiental do RS se tornou uma das mais fortes em relação aos demais estados porque o caso repercutiu mundialmente, ou seja, não era mais possível que esse crime seguisse acontecendo. Naquele caso, seis empresas foram autuadas.”
Processo judicial
“O processo judicial segue tramitando na Justiça com muitos recursos por parte dos réus. Na última vez que consultei o valor da multa está em R$ 7 milhões, mas isso segue sendo atualizado e ninguém pagou nada até hoje, mas os avanços foram feitos e precisam continuar sendo feitos inclusive com o tratamento do esgoto doméstico. São obras com investimento financeiro alto.”
