O programa Berlinda News Entrevista desta terça-feira, 15, recebeu os professores do Instituição Educacional de Novo Hamburgo (IENH), Luis Alexandre Cerveira, que também coordena o curso de In Company do Instituto, e José Silon. A conversa com os nossos jornalistas Sônia Bettinelli e Juliano Palinha foi sobre um grande mal que assola a humanidade há muito tempo e que ainda hoje, infelizmente, faz parte da nossa sociedade que são todos os tipos de preconceito, mas principalmente os relacionados à raça, ao gênero e à opção sexual.
Com o projeto In Company, o IENH consegue por meio de cursos e palestras em empresas, conversar e se comunicar com os funcionários para que tenham um ambiente de trabalho saudável e livre de qualquer preconceito. “Temos aqueles casos típicos, por exemplo, do cidadão branco, heterossexual, que tem todos os privilégios previstos dentro de uma sociedade patriarcal e machista que tem dificuldade em aceitar ter uma chefe mulher ou a esposa ganhar mais ou ser mais bem sucedida que ele. Isso tudo trabalhamos e é um projeto de médio e longo prazo, porque é uma mudança cultural”, explicou Cerveira, que é professor de Antropologia, Metodologia Científica e de Soft Skills na IENH e também trabalha questões sofre diversidade de gênero e questões raciais.
O In Company que existe desde 2017 não se detém somente ao Rio Grande do Sul e já começou a abrir horizontes em empresas do nordeste brasileiro, de Santa Catarina, Paraná e Argentina. Esse sucesso, segundo Cerveira e Silon, tem como origem o trabalho inovador em gestão de pessoas feito pelo projeto e também as mais variadas formas de abordar o assunto. “Temos, por exemplo, o curso de Humanidades para Gestão que aborda desde estratégias de gestão de pessoas passando por comunicação. Temos também uma técnica budista para desenvolver a capacidade de concentração. Além disso, trabalhamos muito também a questão da diversidade”, contou o professor Cerveira.
Conforme o professor Silon, um dos clientes do In Company é a empresa Klabin, de São Leopoldo. “Não adianta estruturar a empresa de forma linda e decorar tudo bonitinho e não preparar as pessoas. Dentro da Klabin, por exemplo, fazemos um trabalho muito forte de Soft Skills. Isso significa que um dos nossos objetivos lá dentro é trabalhar a diversidade, porque hoje em dia, o que diferencia um profissional de outro é como ele se relaciona e se comunica com outras pessoas”, ressaltou Silon.
Desenvolver a empatia e fazer com que as pessoas enxerguem a realidade como ela é, mesmo não sendo a realidade delas, é difícil e é um trabalho de formiguinha, mas que o IENH por meio do In Company continua fazendo, porque acredita que é possível a médio e longo prazo, mudar a mentalidade do “mimimi”. “De modo geral, aquelas pessoas que não são afetadas pelo preconceito, que não são vítimas de algum tipo de exploração, elas tendem a ser resistentes e a dizerem que é mimimi. O mimimi é basicamente a dor que dói no outro e que não dói em mim. E aí é muito trabalho de convencimento, de dados estatísticos, de educação executiva e de dar a voz para quem sofre. E aos poucos as pessoas se dão conta do que acontece e assim, provocamos mudanças significativas”, afirmou Cerveira.
Assista ao programa na íntegra:
IENH
O Instituto Educacional de Novo Hamburgo tem desde a Educação Infantil Bilíngue até a Faculdade com cursos de graduação e pós-graduação, além de administrar algumas escolas infantis municipais de Novo Hamburgo por meio de uma parceria com a Prefeitura.
Na Faculdade IENH é possível encontrar os cursos de Administração, TI, Rede de Computadores e de Psicologia, que inclusive, ficou entre os 6 melhores do Rio Grande do Sul este ano.
Existem várias maneiras de ingressar, como por exemplo, o tradicional vestibular, pelo ENEM e pelo Fies.