O Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), que tem como objetivo diagnosticar os locais mais propensos para a proliferação do mosquito da dengue, foi realizado este mês em São Leopoldo e apontou, segundo a Vigilância Ambiental que o município está com risco médio para o inseto que também transmite outras doenças como zika e chikungunya.
“O verão é propício para a reprodução do mosquito. Qualquer chuva, ainda que pouco intensa, já serve para acumular água e eclodir os ovos. Por isso é necessário uma atenção permanente. As visitas dos agentes servem para reforçar o cuidado, mas é fundamental que diariamente a população verifique qualquer objeto que possa acumular água limpa”, ressaltou a secretária municipal de Saúde, Paula Silva.
A agente de combate às endemias, Cristiane Sivinski, que participou das visitas, relata que muitos moradores adotaram a prática de colocar potes embaixo da mangueira do ar-condicionado para reaproveitar a água. A iniciativa, aparentemente positiva, pode se transformar num problema se não forem observados os cuidados com a dengue. “Verificamos essa conduta em várias casas. Não há problema em reutilizar a água. No entanto, ela não pode ficar acumulada no recipiente, pois se torna um lugar propício para a proliferação do aedes”, explicou.
Ao todo, 3.001 residências foram visitadas durante o LIRAa em todos os bairros da cidade e 91 amostras foram recolhidas. Dessas, 74 deram positivo para o Aedes.
Em 2022, foram notificados 2,4 mil casos e quatro óbitos por dengue no município.