Mais de 40 crianças da Casa Aberta precisam de ajuda para garantir as refeições diárias

Publicado em:

Com 43 crianças  acolhidas, sendo 21 adolescentes, a Casa Aberta – que completa 26 anos no dia 13 –  precisa de comida para as cinco refeições diárias, que em um mês significa 35 quilos de carnes, 140 quilos de arroz, 50 pacotes de massa, 30 caixas de leite com 12 unidades cada. São alguns itens básicos para uma entidade cujo orçamento mensal se aproxima de R$ 100 mil. “Quase duas garrafas de azeite por dia. Antes da pandemia as doações chegavam e nunca tivemos que pedir publicamente. Agora estamos pedindo ajuda porque nossa responsabilidade de acolher, cuidar e proteger as crianças segue a mesma.  As crianças chegam à Casa Aberta porque estão em situação de vulnerabilidade”, pediu  o presidente da entidade Dorval Nunes Cuty, no Berlinda News Entrevista de hoje (2), junto com a coordenadora geral, Joiza Prates.

Há oito anos  na entidade, Joiza reforça o relato do presidente sobre falta de estoque. “Antes nosso planejamento era mensal, hoje nem semanal conseguimos manter. Os alimentos que citamos são alguns dos itens básicos, mas temos o pão diário, as frutas, legumes, exatamente tudo o que nossos filhos, nossas famílias consomem”, diz a coordenadora.

Custo mensal 

“Se aproxima de R$ 100 mil incluindo a folha de pagamento, tributos, luz, água, internet, manutenção. Pelo convênio do Comdica recebemos o equivalente a R$ 2 mil por criança, usado basicamente para a folha de pagamento dos 24 profissionais. Quando as crianças estão internadas nosso custo aumenta porque um profissional fica 24 horas no acompanhamento, resultando em hora extra. Dois bebês ficaram 30 dias internados no Centenário. Hoje temos uma criança internada em Porto Alegre, com acompanhamento”, relata o presidente Dorval.

40% das roupas vai para o descarte

“Buscamos várias alternativas para ajudar na compra de alimentos, uma é pelo brechó. Quando as pessoas doam roupas primeiro separamos o que as crianças estão precisando e o restante vai para o brechó. O dinheiro do brechó usamos para comprar o pão que falta, frutas, pequenas manutenções. Mas temos uma situação complicada porque 40% das doações de roupas são descartadas porque chegam sem condições de uso. Além de triar essas peças temos que dar o destino correto”, conta Joiza.

Aniversários

“Comemoramos todos os aniversários individualmente, como fazemos com nossos filhos. A tia da cozinha faz o bolo, alguns salgados. Entendemos que esse gesto é fundamental para que a criança se sinta única, não é mais uma no abrigo e tem direito a ser valorizada e festejada”, diz Joiza.

Estágios

“Temos adolescentes estagiando em empresas, uma delas é a Stihl. São adolescentes sendo preparados como cidadãos. Fazemos a busca ativa nas empresas para a colocação dos adolescentes que vão criando novas relações”, Joiza.

Doação de móveis

“Quando o adolescente atinge 18 anos, fazemos fazemos o acompanhamento para a saída da casa e montamos o espaço com doação de móveis”. Joiza.

Contatos com a Casa Aberta

(51) 3575-4131  / (51) 996931605

Avenida Henrique Bier, 4050 – Arroio da Manteiga

Confira a entrevista completa:

[embedyt] https://www.youtube.com/watch?v=G_ZaFSxFRPY[/embedyt]

Compartilhe nas redes sociais

Mais Lidas

Leia também
Notícias

Unisinos publica edital para 30 bolsas integrais 

A Unisinos está com inscrições abertas para o processo...

POR CÍNTIA MACIEL: A magia das meias coloridas

Meias coloridas, um riso escondidoEm cada par, um mundo...

Encontro entre Unisinos e UCB promove integração acadêmica

Durante dois dias, um grupo da Universidade Católica de...

POR MARCO DE BRITTO: O que se espera do novo diretor do Hospital Centenário

Em tempos em que a saúde pública caminha na...