Os desafios de Vanazzi nos próximos 120 dias até a eleição de 2 de outubro

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Nos próximos 120 dias o prefeito Ary Vanazzi (PT) terá que dar conta do Executivo, da bancada governista na Câmara de Vereadores,  coordenação estadual da campanha do ex-presidente Lula e administrar o período delicado da enfermidade de seu amigo de longa data, vice-prefeito e diretor do Semae, Ary Moura (PDT). Mesmo que os pedetistas mantenham a estrutura em funcionamento normal, especialmente do Semae –  conforme acordo político entre Vanazzi e Ary Moura – , responsabilidade do prefeito a gestão da cidade.

Logicamente Vanazzi tem sua equipe de assessores diretos, de sua confiança, a postos como esteve desde o início do 4° mandato. Mesmo assim o prefeito não quer correr risco de crises como as de 2021, que poderiam ter sido evitadas e ao contrário, provocaram muito mais que desgaste daquele momento. A condução para votação das RPVs  é a fatura mais cara para o governo e principalmente para os vereadores da base, alguns pré-candidatos agora em 2022 e os demais em 2024. De todos os prejuízos, o maior foi perder a confiança e parte da  credibilidade junto aos servidores públicos, especialmente da Educação.

De volta

Tudo isso justifica a volta de Paulo Borba, a pedido de Vanazzi para fazer a articulação interna no sétimo andar e na base. Borba deixou o PSB em 2014, assessorou o PP na Assembleia Legislativa e simultaneamente estudou, se qualificou em marketing político, ou seja, voltou mais preparado para um governo onde conhece um a um dos participantes, inclusive dos partidos aliados e se relaciona de forma republicana com a oposição.

Caldeirão

A base governista do atual governo é um caldeirão e o resultado disso é o placar nas votações, por várias vezes apertado gerando tensão. Vanazzi  começou o mandato com 9 x 4, maioria aparentemente tranquila. Porém, a  realidade é bem diferente:

1° trimestre de 2021

A primeira baixa na base foi  vereador mais votado em 2020, Lemos (PSB). Vota de acordo com suas convicções priorizando os benefícios para a população. Com isso, em assuntos mais polêmicos do governo como as RPVs, IPTU, entre outros, é preciso negociar muito com os outros oito vereadores para não correr risco de alguém desempatar contra o governo.

Eleição da mesa

Em dezembro, como se as crises do IPTU e RPVs não fossem suficiente, a base entrou numa disputa pela presidência da Câmara agora em 2022. Segundo os bastidores, Rafa Souza do PDT (até aquele momento líder do governo), construiu seu nome dentro do partido, porém, perdeu para o vereador Tarzan bancado pelo sétimo andar.

AE x DS

Pelos próximos meses, o cenário não indica “crises”, pois parte dos vereadores está focado na pré-campanha. Porém, veladamente, Marcel Frison (AE) e Nestor Schwertner (DS) , pré-candidatos à Câmara Federal como teste para 2024, disputam espaço, mas pela experiência, isso não vem à tona. Essa “cordialidade” tem prazo de validade: 2 de outubro depois das 18 horas (aproximadamente) quando boa parte dos votos estarão apurados.

Da transição para o silêncio

Tem outro fato que chama atenção. Os principais nomes do PT e do PDT – Ibanês Mariano e José Nunes -respectivamente  escolhidos para comandar a transição, a distribuição das pastas, proporcionalmente ao resultado das urnas de 2020, seguem no governo, mas em silêncio há vários meses, segundo fontes do 1° escalão, por decisão do gabinete do prefeito e do vice-prefeito.

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