Vesti minha flanela. Amarrei o cabelo sedoso. Igual de menina, dizia minha avó.
Elogiando. Encontrei no trem com o resto da banda. Vodka CocA. Coca Cola. Modulando a euforia. Falando de Burroughs e Noll. Show em POA. Em frente ao Mercado Público.
Havia ninguém. Havia todo mundo. Desci do palco. Bebi cachaça com quem me deu cachaça.
Beijei bocas de cachaça e conhaque. Lambi dentes de todas cores e condições. A banda se foi. Eu fiquei. Aquecido de álcool e papelão. Eu traía minha namorada com minha futura viúva. Me sentia mal por isso.
Eu chorei e contei para o grupo de pessoas em situação de rua que festejavam comigo. Todos riram. Minha dor era só uma dorzinha.