A Uber baniu de sua plataforma cerca de 1.600 motoristas nas últimas semanas por abuso no cancelamento de viagens, de acordo com comunicado da empresa, que precisou se posicionar após a Amasp (Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo), a estimativa era de cancelamento de 15 mil pessoas pela plataforma. A alta do combustível tem levado motoristas de aplicativo a cancelarem viagens com mais frequência.
De acordo com Eduardo Lima de Souza, presidente da entidade, a companhia havia dito que o número poderia girar em torno de 1% da base de motoristas, mas na sexta-feira (24) a empresa fez o cálculo exato, que daria 0,16%. A Uber tem 1 milhão de inscritos no Brasil.
“Dos cerca de 1 milhão de motoristas e entregadores parceiros cadastrados na Uber, 0,16% do total apresentaram – de maneira recorrente – comportamentos que prejudicam intencionalmente o funcionamento da plataforma”, disse em nota.
A empresa afirma que os cancelamentos em desacordo com os termos de uso são os realizados após o motorista aceitar a viagem.
“O abuso no cancelamento de viagens não tem nada a ver com a liberdade do motorista parceiro de recusar solicitações. Na Uber, o motorista é totalmente livre para decidir quais solicitações de viagem aceitar e quais recusar”, afirma.
Os motoristas conseguem saber a distância, o destino e o tempo estimado de cada viagem antes de aceitá-las.
Há duas semanas, Uber e 99 anunciaram reajustes por conta do aumento do preço dos combustíveis.
Na 99, a alta vai de 10% a 25%. Segundo a empresa, a medida visa “equilibrar a plataforma, oferecendo mais ganhos para os parceiros e mantendo a acessibilidade do serviço para os passageiros”.