Apae SL completa esta semana 60 anos de história em meio a preconceitos e muitas vitórias

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A Apae de São Leopoldo completa no próximo sábado (7) 60 anos de atividades e para falar um pouco sobre diversos assuntos relacionados à Associação, o Berlinda News Entrevista dessa segunda-feira (2) recebeu no estúdio o presidente, João Cláudio da Silva e a diretora Ana Lúcia Egger.

Por conta da pandemia, não haverá comemorações. Segundo João Cláudio, será feita apenas uma pequena homenagem aos ex-presidentes na sexta-feira (6). “Será um pequeno coquetel com poucos convidados. A Apae teve ao longo da sua história 15 presidentes. Desses, oito estão vivos e gostaríamos de homenageá-los”, contou.

Atualmente, a Apae atende 290 pessoas, tem 48 funcionários e assim como ocorreu em praticamente todos os setores da sociedade, a Associação também precisou se reinventar durante a pandemia.

Todos os alunos passaram a ter aulas online e de acordo com a diretora, a adesão foi ótima.

Tivemos uma adesão de 97%. Fizemos apostilas e mandamos atividades para casa. Agora a rede municipal de ensino está retornando aos poucos, então nós faremos o mesmo a partir do dia 11 de agosto. Vamos iniciar com os alunos jovens e adultos porque já estão vacinados, mas a maioria das famílias tem optado por não retornar ainda ao formato presencial, então nós acreditamos de que a adesão será de menos de 50%”, afirmou Egger.

Os atendimentos relacionados à saúde e ao serviço social, porém, não pararam nos últimos meses. Ao contrário, conforme o presidente, a demanda aumentou e foi assistida em 100%.

O preconceito ainda é uma triste realidade

Apesar dos 60 anos história, a diretora Ana  contou que algumas coisas ainda não mudaram e muitas estão ligadas à sociedade. De acordo com ela, ainda é normal pais e responsáveis procurarem a Associação após sofrerem preconceitos e rejeição em escolas privadas.

Ainda encontramos resistência de algumas escolas em aceitar crianças com deficiência. Os pais nos contam que elas ligam marcando entrevista e que quando percebem que o aluno é uma pessoa com deficiência, simplesmente avisam que não tem mais vaga. Nesses casos orientamos os pais e responsáveis a procurarem a justiça porque existe a lei de inclusão social.”

A alegria das pequenas vitórias

No meio desse preconceito engessado, porém, pequenas vitórias acontecem e devem ser comemoradas. Segundo Ana , a Apae não tem mais turmas de Educação Infantil. Isso porque, ao concluírem a etapa da Estimulação Precoce (EP), todos os alunos têm conseguido ingressar direto na rede regular de ensino. “Isso é uma vitória porque é o que buscamos o tempo todo, é a bandeira que levantamos, a da inclusão.”

Para ingressar na Apae de São Leopoldo é preciso ter um laudo médico comprovando deficiência mental múltipla ou do espectro autista. Famílias em situação de vulnerabilidade social são priorizadas.

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