“Se não tivermos a mulher forte, a reconstrução não vai acontecer”, Ana Affonso diretora de projetos para mulheres no Ministério da Reconstrução do RS

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Há duas semanas no Ministério da Reconstrução do RS como diretora de Projetos Para as Mulheres, a ex-vereadora Ana Affonso (PT), está  buscando dados para saber quantas e como as mulheres foram atingidas pela enchente começando pela  região metropolitana e cidades próximas. É o primeiro passo para a criação de programas e políticas que atendam as mulheres atingidas pela tragédia climática. “Na minha posse eu disse que se não tivermos a mulher forte, a reconstrução não vai acontecer porque 57% do total de pessoas atingidas no RS são mulheres”, disse Ana no Berlinda News Entrevista desta quinta-feira (8). “Meu papel é ir a cada ministério pedindo a apresentação de programas e projetos que atendam da  saúde emocional aos recursos, passando pela educação, segurança, entre outros setores. Minha tarefa não é execução, minha tarefa é articulação”. Conforme a titular da Assistência Social (SAS), Márcia Martins, em São Leopoldo, 3.420 mil crianças e adolescentes estavam nos abrigos.

Puérperas e gestantes

“Estou buscando os dados com o governo federal e posso adiantar que são preocupantes sobre o que foi e está sendo a tragédia climática propriamente dita e seus desdobramentos. Da população assistida nos abrigos, 36% foi de puérperas e gestantes, ou seja, no momento mais importante, delicado e desafiador, que é trazer o filho ao mundo, essas mulheres estavam num ambiente coletivo, sem a privacidade para amamentar a criança, descansar após o parto ou no final da gestação. Precisamos assistir essas mães com suporte de profissionais de todas as áreas médicas a começar pela saúde emocional.”

Independência financeira

“As chefes de família que são CPF na economia, precisam voltar a desempenhar suas atividades autônomas para sustentar a família. Sobre isso, o governo federal já trouxe medidas e recursos para o momento inicial. É fundamental políticas que sigam independente de governo.”

17 cidades

“A primeira reunião de trabalho com mulheres de 17 cidades foi no dia da posse quando pedi que listassem o que é necessário buscar. Estou lendo todo o material e recortes serão feitos para encaminhar de acordo com o perfil e o ministério correspondente.”

Novas lideranças

“Sobre ter renunciado ao mandato de vereadora, a ideia era cumprir até o dia 31 de dezembro, porém por conta da tragédia climática, fui convidada para essa função e antecipei minha saída em cinco meses. Mas desde o ano passado já estava definida que não iria concorrer mais porque cumpri minha missão no Legislativo. E porque entendo que é preciso deixar espaço para novas lideranças, precisamos permitir esse espaço.”

Erro tático

“2022 pra mim foi um baque, eu já me via na Assembleia Legislativa. Sinto muito pela cidade não pelo partido,  porque há muito tempo a cidade não tem representante. Nós (partido) perdemos muito e muito se deve por erros táticos, porque eleições precisam ser estudadas. É  um tabuleiro e precisa ver o que é pra valer, o que é para ser construído. Eu não era uma candidata de construção, estava pronta por isso não poderia ocorrer nenhum vacilo, nem divisão de voto”.

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