Antes de formalizar o mutirão de assinaturas do Pronampe Solidário que ocorreu na manhã desta sexta-feira, no Caminhão da Caixa Econômica Federal , estacionado em frente a prefeitura, o ministro Extraordinário de Auxílio a Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, falou com exclusividade para a Berlinda. Destacou a importância do Pronampe, que segundo ele “cada contrato assinado é a retomada de um sonho, uma história de cada família”, e disse que mais dinheiro estará disponível.
Segundo Pimenta, mais de R$ 15 bilhões estão liberados para empresas de grande porte. “Esse dinheiro é para capital de giro, recursos para compras de equipamentos, maquinários e fluxo de caixa”, adiantou.
MEDIDA PROVISÓRIA
O dinheiro que o ministro fala faz parte da medida provisória (MP), assinada pelo presidente Lula, para ampliar o escopo do Fundo Social e disponibilizar recursos para abertura de crédito em locais atingidos por calamidades públicas.
Fundo Social
Os R$ 15 bilhões do Fundo Social poderão ser utilizados em três linhas de financiamento. A primeira é para compra de máquinas, equipamentos e serviços, com juros de 1% ao ano mais o spread bancário [diferença entre taxa de captação do dinheiro pelos bancos e a cobrada dos clientes], com prazo de até 60 meses e 12 meses de carência.
A segunda linha deverá financiar projetos customizados, incluindo obras de construção civil, com a mesma taxa de juros e spread e prazo de pagamento de até 120 meses com carência de 24 meses. O limite por operação desses créditos é de R$ 300 milhões.
A terceira linha será para ajudar no capital de giro emergencial das empresas, com custo base de 4% ao ano para micro, pequenas e médias empresas (MPME) e de 6% ao ano para grandes empresas mais spread bancário. O prazo será de até 60 meses com carência de 12 meses. O limite por operação é de R$ 50 milhões MPME e R$ 400 milhões para empresa de grande porte.