Polêmica sobre o reajuste da água em São Leopoldo faz Acist-SL e Semae emitirem nota

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A polêmica do reajuste da água em São Leopoldo ganhou mais uma capítulo. Nesta segunda-feira (1) a Acist-SL publicou um nota contra o aumento e o Semae rebatou com outra nota:

 

Nota da Acist-SL

A ACIST-SL avalia com pesar a elevação da tarifa de água e esgoto em 19,8% anunciada pelo município nesta semana. Para a Associação, este aumento terá forte impacto tanto para pessoas físicas como para as empresas, principalmente as de pequeno porte, que vêm buscando formas e modelos para se recuperar de 2020 devido à pausa de suas atividades e à falta de insumos para suas produções; e que se assustaram com os aumentos de 2021, que estão na contramão do movimento de retomada.

A entidade aponta que companhias de municípios vizinhos, como a COMUSA, de Novo Hamburgo e a estadual CORSAN, têm como parâmetros os percentuais da inflação, em torno de 5% a 6% e que São Leopoldo está – assim como na elevação do IPTU – na contramão do que que população pode suportar em tempos tão difíceis como o que estamos vivendo.

Reforçamos o fato de que muitas empresas optaram por não repassar, ou por um repasse inferior aos seus indexadores das correções para 2021, realmente pensando no fluxo econômico e na retomada geral.

Infelizmente, um aumento de 19,8% na tarifa de água impacta de forma muito negativa, uma vez que muitas empresas não irão conseguir repassar esse reajuste aos seus consumidores e terão que arcar com mais este custo. A decisão do não repasse também deveria vir do poder público e que a relação das despesas e faturamento deve estar ao alcance de todos, visando à transparência e acompanhamento da população. A entidade alerta que a indexação alimenta a corrente de inflação que afeta os recursos já limitados de muitos empreendedores, que ainda estão assimilando diversos reajustes, a exemplo do IPTU, que teve acréscimo de 20,93%.

 

Nota do Semae

O alto reajuste do serviço de água e esgoto é consequência do desequilíbrio do IGPM em 2020. Este indicador, que em outros anos apresentava índices inferiores a 5 %, no ano passado, em decorrência da pandemia e da crise econômica global, teve um elevado crescimento. Não aplicar o IGPM significa ser irresponsável com a gestão pública.

Eu como diretor-geral do Semae e vice-prefeito recém empossado, obviamente, não gostaria de dar o reajuste que está posto. Fizemos um grande esforço para diminuir esse impacto no bolso do consumidor leopoldense e encontramos uma alternativa a partir do estudo realizado pela Assemae, onde diminuímos o repasse em cerca de 4 pontos percentuais e garantimos o equilíbrio financeiro para cumprir com os contratos dos fornecedores e terceirizados que são regulados pelo IGPM e foram acrescidos de 23,14%. Além do mais, nós temos no município mais de 10 mil famílias beneficiadas com a tarifa social, pessoas com menor renda que pagam apenas R$ 19 para ter água tratada de qualidade para os seus lares todos os meses.

Mesmo com o reajuste, o Semae ainda figura entre os serviços de água e esgoto com os menores valores médios do metro cúbico de água no Rio Grande Grande do Sul.

 

 

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