Num contexto de “normalidade” em São Leopoldo, as crianças da foto estariam na escola, fazendo atividades como deve ser a vida de todas as crianças. Mas não vivemos nada de normal na cidade desde o dia 4, início das catástrofe. As crianças da foto estão na escola Gusmão Brito junto com suas famílias poque a casa está totalmente alagada. São 140 pessoas abrigadas na escola. Em outra parte da cidade, não na sede da secretaria municipal de Educação, a titular Renata de Matos, sua equipe e integrantes do governo planejam o que será possível fazer no restante do ano letivo.
“Nesse momento, com algumas exceções, somos reféns do recuo da água do Rio do Sinos. Para hoje (13) a ideia era acompanhar os técnicos da engenharia para uma vistoria nas escolas Pequeno Príncipe, Jesus Menino, Vitória Régia e Pasqualini, mas a Defesa Civil não recomenda porque ainda chove”, relatou a secretária. Ela resumiu o que pode ser feito realmente. “Renovação de contratos para compra do mobiliário que faltar nas 18 escolas alagadas, parte ainda submersa.”.
Atividades nos abrigos
“Montamos equipes para ir em todos os abrigos e fazer atividades com as crianças. Ontem (12) em parceria com a secretaria de Cultura, levamos artistas. A Léa Cassol, escritora está contando histórias. Presencialmente, nesse momento, é o que podemos fazer. Também estamos levando material canetinhas coloridas, papel entre outras coisas.”
Transferência de escola
“Pelo cenário atual acredito que na volta à escola (não sei quando) teremos pedidos de transferência porque muita gente não vai querer voltar para onde morava e outros não terão mais a casa,”
Professores atingidos
“Até agora recebemos o retorno de aproximadamente 1 mil professores atingidos diretamente, outros que estão abrigando familiares. Mas ainda não tivemos todos os retornos do formulário.”
Abrigos
“Sobre o retorno das aulas nas escolas não atingidas pela enchente também não sabemos porque 12 estão funcionando como abrigo. Também estamos vendo sobre uso de plataforma, mas o cenário é outro. Na pandemia as pessoas estavam em casa, hoje estão fora da casa”, observa Renata.
Na sexta-feira (10), virtualmente, a direção da Smed se reuniu com dois grupos de equipes diretivas, segundo Renata, mais principalmente para acolhimento.
DOAÇÕES
Dudu Moraes, voluntário na escola Gusmão pede doações de roupas de inverno, colhões entre outras coisas. Ele (Dudu) lembra que estão na escola 140 pessoas, mas cerca de mil pessoas já passaram para pegar doações.