Em vigor há 18 anos, a Lei Maria da Penha é desconhecida pela maioria das mulheres brasileiras. Segundo o Observatório Nacional da Mulher Contra a Violência (OMV) e Instituto DataSenado só 20% das brasileiras se consideram informadas sobre a lei. “Se considerarmos que só 20% das mulheres conhecem a Lei Maria da Penha, que é uma das leis mais conhecidas do Brasil, imagine as outras. Sugiro acessar o perfil do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no Instagram que tem dados sobre todas as leis, violência, golpes, entre outros”, disse a Capitã do 25º BPM, Bibiana Menezes, no Berlinda News Entrevista desta segunda-feira (22).
Sobre a realidade da violência contra a mulher em São Leopoldo, a capitã Bibiana não aumentou. “Sempre que fazemos pesquisas e estudos é preciso uma análise profunda. Com a violência doméstica não é diferente. As mulheres não toleram mais a piadinha que na verdade é abuso, constrangimento, por exemplo e isso é registrado e deve ser registrado”, destaca acrescentando que a agressão física é mais uma violência que pode ter começado com um insulto”.
75 anos
“Infelizmente além da vítima se sentir envergonhada e culpada, muitas vezes a família não acredita que o pai seja capaz de uma violência. Os cinco filhos de uma senhora de 75 anos, vítima de violência, não acreditava na mãe. Precisou a tentativa de suicídio da vítima para quem um dos filhos acreditasse na mãe.”
Agressor
“Nunca é demais reforçar que o agressor não tem um perfil violento para os familiares. Tem voz calma, equilibrada, não se altera se a vítima gritar, por exemplo por isso quem vive no entorno duvida que alguém assim seja capaz de tanta maldade.”
Falar sobre violência é importante
“Precisa falar sobre a violência doméstica com todos os públicos, inclusive com os adolescentes para que não reproduzam o que acontece em casa. Vivi uma situação assim ao chegar numa escola para aula do Proerd. Um menino do 5º ano bateu numa coleguinha. Quando disse ao menino que ele não deve bater em ninguém a menina me disse que estava tudo bem. “Ele me pediu desculpa e eu desculpei como a minha mãe faz quando meu pai bate nela”.
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