Os primeiros sete meses de 2024 foi histórico para São Leopoldo quando o assunto é dengue. O mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da doença, contaminou 13.644 pessoas. Uma média de 65 pessoas contaminadas por dia. De acordo com o coordenador da Vigilância em Saúde de São Leopoldo, o veterinário André Ellwanger, a taxa histórica de contaminação era em torno de 2.500 por ano.
São Leopoldo é a cidade com mais número de óbitos no Estado. Aqui 23 pessoas perderam a vida em consequência da doença.
Mesmo diante da enchente os números seguiram altos, mas a boa notícia, conforme Ellwanger, é que os casos estão em declínios. O veterinário não aponta um caso específico, mas lembra que as doenças epidemiológicas tem ciclo. “Não tem um fator único para queda dos números. As doenças tem ciclos epidemiológicos. Tem a imunidade de quem já teve a doença e o clima”, lembra.
VACINAÇÃO
Além do trabalho de prevenção realizado pela Vigilância em Saúde do município, atuando diariamente em pontos estratégicos e em residências orientando a população e aplicando inseticida, São Leopoldo iniciou em junho a vacinação em crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos. O esquema vacinal recomendado é de duas doses com intervalo de três meses. Quem eventualmente tenha se contaminado, deve esperar 6 meses contando o fim dos sintomas. O município recebeu 3.361 doses do Ministério da Saúde.