Prefeito Heliomar anuncia revisão do contrato do barco-escola que deve virar CPI no Legislativo

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A revisão de contratos da administração anterior de São Leopoldo será uma das marcas do governo Heliomar Franco (PL)/Regina Caetano (PP). No evento dos 100 dias de gestão, na manhã de hoje (7), o prefeito Heliomar Franco fez a prestação de contas por secretarias sempre destacando a necessidade de transparência  nas contas públicas começando pela revisão dos contratos do governo anterior citando o contrato de compra do barco-escola Peixe Dourado, o custo da operação de crédito, tripulação e problemas que segundo o prefeito impedem a execução do projeto para educação ambiental.

Heliomar Franco  antecipou que esse assunto irá para a Câmara de Vereadores. ” Na Câmara de Vereadores vamos debater porque é tão caro , quem fez o projeto e porque não se presta para a finalidade”, disse o prefeito  sem especificar o que pode ser feito na Câmara de Vereadores, nesse caso uma CPI.

“Nós estamos pagando cerca de 2% de juro ao mês sobre  cerca de R$ 2,9 milhões  (empréstimo) complementado com recursos do Fundema para chegar aos R$ 4,5 milhões. Os R$ 2,9 milhões iniciais vão se transformar em R$ 7 milhões , somando algo entre  R$ 1,7, 1,8 milhões do Fundema chegaremos a aproximadamente R$ 10 milhões para o barco  que está parado, cuja tripulação custa R$ 80 mil/mês. O barco não foi construído de acordo com a topografia do nosso rio que passa o verão baixo e com muita chuva, o barco não passa pelas pontes”.

Critérios da marinha

Atual vereador Anderson Etter (PT), que era o titular do Meio Ambiente à época da aprovacão do financiamento para a construção do barco-escola Peixe Dourado, disse que esse fato não o surpreende. “Já havia essa conversa sobre o barco-escola. Não há qualquer problema inclusive porque tudo seguiu o trâmite necessário, inclusive aprovacão pela Câmara de Vereadores. É a marinha que estabelece os critérios, assim como os valores salariais da tripulação”, disse Etter que acompanhou a construção do barco. Uma vez por mês o então secretário viajava à cidade de Navegantes, em Santa Catarina, conforme estabeleceu o contrato. “A empresa venceu a licitação e construiu o barco que assim como o Martim Pescador vai navegar. Quando começava a encher o rio, o Martim era levado para a ponta da ilha, ou seja, o Peixe Dourado também será assim. Está junto da secretaria por questão de segurança porque a GCM está lá”, explicou Anderson.

Barco-Escola

O barco no estilo catamarã foi construído pela Indústria Naval Catarinense Ltda, de Navegantes/SC, com 66 lugares e formato de sala de aula e vai funcionar como espaço para educação socioambiental sobre o Rio dos Sinos, pesquisa, ecoturismo, controle e fiscalização ambiental. A embarcação tem 18 metros de comprimento, 7 metros de largura e 4,5 metros de altura. O barco teve um custo de cerca de R$ 5,1 milhões pagos com recursos do município e do Fundo Municipal do Meio Ambiente (Fundema).

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