Nem precisa entender muito de estratégia política para saber porque a disputa pelo comando do MDB de São Leopoldo foi o fato político da semana na cidade e região. O MDB é partido no verdadeiro sentido da palavra. Mesmo quando não tem bancada na Câmara de Vereadores, por exemplo, não fecha as portas (aliás é o único partido da cidade com sede própria) porque mesmo sem contribuição mensal da maioria dos filiados, as contas fixas (água, luz, manutenção, etc) são “compartilhadas” pela executiva, ou seja, o partido é a prioridade. Mas a acirrada disputa de ontem (26) é mais um desdobramento de 2020, quando não houve o “frentão” contra o PT, seguiu até 2024 quando novamente a candidatura única não aconteceu. Por conta disso teve desfiliação de lideranças emedebistas, porém deixaram apoiadores filiados que ontem (26) garantiram a vitória da chapa O MDB Que Queremos. A diferença de nove (9) votos pró-oposição, foi de integrantes do atual governo municipal para qual fizeram campanha em 2024, quando o MDB teve candidatura própria.
E agora?
Após a ressaca dos vitoriosos e o luto de quem perdeu, o novo comando do MDB iniciará diálogo com o sétimo andar da Prefeitura e poderá integrar a aliança composta pelo PL, PP, PSD, PRD, PDT, Republicanos, PSDB, Cidadania. O MDB poderá ter espaço na administração municipal, ou melhor, aumentar o espaço porque vários emedebistas estão no governo, principalmente por indicação do vereador, atual secretário de Educação, Jeferson Falcão. O pai de Jeferson Falcão, Carlinhos Melo, foi um dos filiados do MDB que votou ontem.
2026
Sobre o papel dp MDB na eleição de 2026 em São Leopoldo, deverá fazer campanha para Gabriel Souza (vice governador) e seguirá tranquilamente no governo mesmo que PL e MDB sejam adversários nas urnas.
Futurologia
É possível imaginar, por exemplo, que se o MDB chegar ao Piratini, o PL pode migrar para o MDB. A segunda hipótese, do PL ganhar o Piratini, o MDB seguir no governo para fazer bancada em 2028. Mas tudo isso é imaginação”.