POR SÔNIA BETTINELLI/JULIANO PALINHA : Regina Caetano no Piratini articulando a inclusão de São Leopoldo no Desassorear RS

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O governo municipal quer que São Leopoldo seja incluído no Desassorear RS para receber recursos e investir no sistema de proteção às cheias. O programa capitaneado pelo Estado tem várias etapas, como o Desassorear RS 3 para arroios e o Desassorear RS 4 para rios. Esse foi um dos assuntos da vice-prefeita, a titular da Sedettec, Regina Caetano, ontem(12) na agenda como o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Rafael Malmann. Regina liderou o grupo com o presidente municipal do PP, Rafael Padilha, o vereador Jaílson Nardes e o deputado Joel, todos do Progressista. Enquanto  o prefeito Heliomar Franco (PL) está em Brasília no encontro de novos prefeitos buscando recursos, Regina Caetano está no Piratini, ou seja, duas frentes para o mesmo objetivo.

Complexo

O que aconteceu na Câmara de Vereadores de São Leopoldo, ontem (12) à noite foi o retrato fiel, duro e complexo da realidade das ruas da nossa cidade  e do mundo: Falar sobre pessoas em situação de rua significa despertar  sentimentos e  reações diferentes, divergentes na busca de uma solução que parece impossível. A princípio esperava encaminhamentos, uma das etapas das audiências públicas. Não teve encaminhamento para constar em  ata. Foi muito melhor. Acompanhei do início ao fim (virtualmente) e minha avaliação é : Quem está em situação de rua tem voz, quer ajuda mas tem medo das abordagens. Quem está em sua casa tem voz, tem medo de quem dorme na calçada em frente sua porta e exige que o Poder Público resolva, mesmo que seja apenas tirar de seu raio de visão, da sua porta. A titular da SAS, Simone Dutra, está no comando da frente junto às pessoas em situação de rua.

Foto: Juliano Palinha

Projeto/entidades/orçamento

O Poder Público, leia-se Prefeitura e Assistência Social, está comprometido, atuando e enfrentando o problema. Precisa de entidades como  o Círculo Operário Leopoldense (COL) entidade com 90 anos de atuação no social assim como a sociedade civil atenderá pedido para contribuir.  Mas a gestão é do governo, que por sua vez, terá que garantir recursos no orçamento para executar as políticas públicas. Também é fundamental que as políticas sejam elaboradas e executadas por profissionais, técnicos, qualificados, com firmeza e equilíbrio emocional para agir.

Desestrutura familiar

Não há romantismo nas histórias de quem está em situação de rua. São relatos dramáticos, de violência, violação de direitos, desestrutura familiar, drogas, alcoolismo, implicações judiciais. É a vida real de milhares de pessoas no Brasil e milhões pelo mundo afora.

Madrinha

Sinceramente, eu Palinha, não sei como faria para lidar com as pessoas em situação de rua. É muito complexo. Tudo é uma desconexão que começa em casa. Simone Dutra, secretária da Assistência Social e primeira dama (sempre será tratada assim) quis assumir essa pasta. Envolve dor para quem escuta e para quem fala, mas também agradecimento como uma mensagem que a secretária recebeu pelo celular. “Obrigado madrinha por me ajudar. Estou fazendo isso por nós”.

Abraço na tribuna

Na tribuna da Câmara de Vereadores outro carinho. Rafael Godoy fez questão de agradecer. Disse que a secretária era um anjo na sua vida. Com certeza esse reconhecimento ajuda a seguir em frente.

Foto: Juliano Palinha

Medo

Anderson Vieira, o Bacana, que passou 35 dos seus 39 anos de vida na rua, hoje liderança da causa, revelou na entrevista que a população em situação de rua está acuada, com medo da abordagem, se escondendo em casas abandonadas. Segundo Bacana, quem saiu da elevada dos trilhos está perambulando pelo Centro.

Procurando a SAS

Questionei a secretária Simone sobre a fala do Bacana. Segundo ela, está acontecendo o contrário ou seja, as pessoas em situação de rua está pedindo ajuda e procurando a SAS. “Aliás o Bacana tem amanhã (hoje) uma entrevista de emprego”.

Prático

Ex-secretário da SAS, o vereador Fábio Bernardo (PT) sabe mais que ninguém que se trata de uma pauta sensível, porém trabalha diferente com essas questões. Óbvio que ele entende o lado humano, mas a experiência da pasta o tornou mais prático para ações. Ele estava presente na audiência de ontem, óbvio que não poderia faltar.

 

 

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