A possibilidade da oposição – Gabriel Dias, Falcão e Hitler – conseguir mais duas assinaturas para instalar a CPI da Saúde é remota, o que não significa fracasso ou erro de estratégia. O pedido protocolado ontem (que não surpreende o governo e sua base) reflete diretamente no sétimo andar que precisa se defender. Resta aguardar para ver como isso será feito. Mas o recado foi dado. A pauta da saúde, sobre a investigação da Polícia Federal (PF) em andamento não sairá do plenário, principalmente a operação de 22 de dezembro com prisões e busca e apreensão.
Morde/assopra
Olhando para o plenário de 2021/2022, as duas assinaturas que faltam para instalação da CPI da Saúde poderiam ser dos vereadores Lemos (PSB) e Brasil (PSD). Mas o plenário de 2023 é diferente, ou pelo menos, pode ser diferente, com o vereador Lemos mais próximo do governo com grande chance de reatar o casamento e com isso entregar mais para a Baixada, sua comunidade. Já a relação entre o governo e o vereador Brasil Oliveira “morde e assopra”, pode ficar no passado com o vereador decidindo entre ser base ou não, ou o governo decidir se precisa ou não do voto do PSD.
Bom mas pode melhorar
Na sessão de ontem o vereador Lemos (PSB) voltou a usar a tribuna para falar sobre a saúde, mas não sobre CPI. Questionou sobre o tempo necessário para que a manutenção do ônibus da saúde seja concluída para que o povo seja atendido em sua comunidade. Não foi crítica, mas pode ter sido um recado enviado ao governo para dizer que começa o ano em paz, mas segue atento. Lemos encerrou parabenizando os profissionais da saúde e o governo. “Assumi o compromisso de buscar mais recursos para comprar um ônibus novo e espero que a licitação não demore”.
Cada um com os seus
Com exceção de Nestor Schwertner (PT), a base silenciou sobre o pedido de CPI da Saúde deixando claro que isso é da conta do PT. O PDT tem o melhor álibi para ficar longe do assunto. Está começando o debate interno sobre a eleição do novo comando do partido que larga com pelo menos três nomes dispostos a protagonizar o processo: Juliano Maciel e os vereadores Fabiano Haubert e Iara Cardoso. Juliano quer a disputa. Nos próximos dias saberemos o que Fabiano e Iara defendem junto aos filiados.
