POR JULIANO PALINHA: Todos têm razão no Cristo Rei, empregado e empregador

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A fala do goleiro Willian após outra goleada, sofrida do Aimoré no Campeonato Brasileiro da Série D, foi apenas mais um capítulo de um ano extremamente ruim no Cristo Rei. Nesse caso específico todos têm razão na aldeia. Empregado e empregador, ou melhor, goleiro e direção. De primeira, não concordo, mas infelizmente a cartilha do futebol conta com alguma regras. Lá estão concentração em dia de jogos, seja em casa ou fora, alimentação equilibrada e, obviamente, salário em dia. Quebrar regras pode causar problemas dentro e fora, e foi exatamente isso que ocorreu. A direção índia quis abrir mão de alguns itens neste momento pela desclassificação precoce da competição e poupar recursos para a FGF. O atleta se sentiu no direito de justificar o mau desempenho dentro de campo alegando a falta de alimentação. No final, a situação não foi boa para ninguém, pois o assunto viralizou e dividiu opiniões.

Enaltecidos pela coragem

Como um admirador do Aimoré fico triste com tudo isso, assim como todos os demais leopoldenses, seja do torcedor mais fanático ou aquele simplesmente simpatizante. Não gostaria de escrever sobre isso. Ao contrário, gostaria de enaltecer o esforço que fazem esses dirigentes abnegados que dão a cara para bater. Sandro Boroswki, Márcio Picoli, Werner Carvalho, Carlos Eduardo Kayser, Ronaldo Vieira,Paulo Costa,  André Schu, Felipe Becker e tantos outros presidentes que passaram por ali se expõem sem necessidade nenhuma e acabam sendo bombardeados de todos os lados. Eu mesmo fiz isso várias vezes, tamanha minha ignorância de compreensão. No fim, todos esses mereciam ser enaltecidos pela coragem.

Presidente remunerado

Confesso que não tenho a receita para resolver o problema do Aimoré, e olha que experiência não me falta. Já ouvi e vi de tudo! Acredito até que esses presidentes citados acima já fizeram tudo o que eu pensava que daria certo. Há dias falo isso e repito: chegou a hora do presidente de clube do interior ser remunerado. O futebol exige dedicação 24 horas por dia. Chega do médico, do advogado, no arquiteto do empresário deste ou aquele segmento. Não dá mais! Precisamos ter coragem de mudar essa cultura de colocar na cadeira esses presidentes bem sucedidos na vida privada.

Metas e responsabilidades

Obviamente que é preciso criar alguns gatilhos no estatuto. É preciso ter responsabilidades e metas. Em caso de rebaixamento, por exemplo, o presidente pode ser demitido. Se fizer alguma movimentação ilícita que possa prejudicar o clube, além da penalização judicial, o destino é o mesmo. Neste caso, o conselho deliberativo terá que ter uma atuação importantíssima. Será o principal órgão fiscalizador, ou seja, a responsabilidade será de todos e não apenas daquela pessoa que colocou o nome apenas para “ajudar”.

 

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